Um relatório do Lazarus Security Lab, da corretora Bybit, mostrou que Pelo menos 16 grandes blockchains já possuem mecanismos técnicos que permitem congelar ou restringir o acesso a criptomoedas dos usuários. Outras 19 redes poderiam implementar recursos semelhantes com pequenas alterações em seus protocolos, segundo o estudo.
A análise foi motivada pelo caso da Fundação Sui, que em maio bloqueou US$ 223 milhões em ativos investidos da Cetus DEX ao incluir os endereços dos invasores em uma lista de bloqueio. O episódio reacendeu o debate sobre até que ponto as blockchains permaneçam descentralizadas quando passam a adotar medidas de controle direto sobre carteiras e transações.
Três mecanismos principais de bloqueio de criptomoedas
O levantamento avaliado 166 redescombinando varreduras automatizadas com validações manuais. De acordo com a Bybit, há três principais formas de congelamento de fundos em operação atualmente:
- Congelamento embutido no código (hardcoded) – presente em blockchains como Cadeia BNB, VeChain, Chiliz, VIC e XDC. Esse método permite que fundações ou desenvolvedores bloquear rapidamente o propósito malicioso. A VeChain, por exemplo, utilizou a técnica pela primeira vez em 2019, após o roubo de US$ 6,6 milhões. Enquanto isso, um Cadeia BNB aplicado em 2022 para conter as perdas de um ataque de US$ 570 milhões.
- Bloqueio de arquivos de configuração – usado em pelo menos dez redes, entre elas Sui, Aptos, Linea e Waves. Esse formato permite adicionar endereços suspeitos a uma lista privada e redefinir a rede para efetivar o congelamentosem necessidade de divulgar a ação publicamente.
- Bloqueio de contratos inteligentes – apenas identificado Corrente HECOesse modelo realiza o congelamento via contratos inteligentes, dispensando a renovação dos nós.
Debate sobre descentralização e segurança
Para a Bybit,essas ferramentas têm se tornado mecanismos de resposta emergencial em casos de grandes invasões. As técnicas permitem às redes limitar o impacto dos ataques e proteger os usuários. Contudo, o relatório ressalta que tais recursoss concentram poder em um número restrito de desenvolvedores e validadores. Isso pode comprometer o princípio de descentralização que fundamenta o ecossistema criptográfico.
O estudo também mapeou 19 outras blockchains que poderiam adotar o congelamento de ativos com ajustes mínimos em seus códigos, incluindo ATOM, DYDX, KAVA, LUNA, MANTRA e SEI.
“A blockchain nasceu sob uma ideia de descentralização, mas muitas redes estão desenvolvendo mecanismos pragmáticos de segurança para agir rapidamente diante de ameaças”, afirmou David Zong, chefe de controle de risco e segurança do grupo Bybit.
Com o aumento de ataques e fraudes no setor, a discussão sobre o equilíbrio entre segurança e autonomia dos usuários ganha novo peso entre desenvolvedores, investidores e reguladores.
Fontecriptofacil




