Rodrigo Tolotti avatar

UM Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou a tokenização no centro de sua agenda regulatória para 2026 como uma das prioridades a serem aprofundadas no próximo ano, refletindo o interesse crescente e a rápida evolução desse mercado no Brasil e no mundo.

A tokenização, processo que converte ativos tangíveis ou intangíveis em tokens digitais negociáveis ​​em sistemas baseados em blockchain, tem sido vista por especialistas e pelo próprio mercado como uma forma de democratizar o acesso aos investimentos, aumentar a liquidez de ativos e modernizar o ambiente de capitais brasileiro.

No Brasil, parte do arcabouço regulatório que já trata da tokenização está inserido na Resolução CVM 88, que disciplina ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários por meio de plataformas eletrônicas de investimento participativo (crowdfunding), e vem sendo objeto de consulta pública para reformulação com foco em ampliar seus limites e adaptar-se às demandas do mercado.

Leia também: CVM amplia prazo da consulta pública que revisa regras de tokenização

Essa ampla discussão regulatória demonstra que o tema deixou de ser apenas experimental para se tornar um eixo estratégico de desenvolvimento, com consultas públicas e propostas normativas que buscam moldar um ambiente legal mais claro e abrangente para tokens de recebíveis, títulos de securitização e outros instrumentos tokenizados sob a supervisão da CVM.

A nova agenda regulatória da CVM

A agenda de 2026, lançada oficialmente na quarta-feira (10), inclui a apresentação de propostas como o chamado Projeto 135 Light, que revisa as Resoluções CVM 135 e 31 com foco na inclusão de mercados menores e na tokenização, apresentando que o órgão regulador quer fortalecer as bases para que novos modelos de negócios digitais possam prosperar de forma segura e alinhados às leis de valores mobiliários brasileiros.

Além da tokenização, a Agenda Regulatória 2026 da CVM inclui uma série de outros temas que devem receber atenção nos próximos meses. Entre as prioridades está a edição de uma nova regra para substituir a Resolução CVM 88 e modernizar o regime de crowdfunding de investimento.

Outros temas que serão foco no próximo ano estão ajustes em anexos da Resolução 175 que impactam normas de fundos como FIP, FIF e FII, aprimoramentos em regras de divulgação de fatos relevantes, normas para agências de rating e atualizações no rol de certificações de consultores, além de consultas públicas sobre adequação, atuação de influenciadores financeiros e questões relacionadas ao mercado de carbono.

“Ao atualizar marcos relevantes e submetido à consulta de temas públicos como tokenização, atuação de finfluencers, aprimoramentos de adequação e mercado de carbono, buscamos tornar a regulação mais integrada à complexidade atual e mais propícia à inovação e ao desenvolvimento sustentável do mercado de capitais”, disse Antonio Berwanger, Superintendente de Desenvolvimento de Mercado (SDM) da CVM.

Procurando uma carteira com alto ganho, mas sem o sobe e desce do mercado? A Renda Fixa Digital do MB oferece ativos com ganhos de até 18% ao ano, risco controlado e total segurança para seus investimentos. Conheça agora!



Fonteportaldobitcoin

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *