O mercado brasileiro de investimentos financeiros tokenizados segue em aceleração. Dados da B3 e do Banco Central mostram que o volume de ativos representou digitalmente incluindo recebíveis superou R$ 20 bilhões em 2025, impulsionados por pilotos regulatórios e por emissões privadas de debêntures, cotas de FIDCs e direitos creditórios.
A expectativa dos analistas do setor é que o segmento deva dobrar em 2026, alcançando mais de R$ 40 bilhões em emissões tokenizadas, com destaque para operações de antecipação e crédito estruturado lastreadas em blockchain permitido.
Para Rafael Franco, CEO da Alphacode, empresa especializada em soluções digitais para fintechs, a tokenização de recebíveis representa uma virada estrutural na infraestrutura financeira. “A representação digital de direitos creditórios reduz custos operacionais, aumenta a transparência e melhora a liquidez para quem precisa do capital na ponta. Para as fintechs, isso abre espaço para produtos de crédito mais seguros, rentáveis e escaláveis“, afirma.
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O avanço ocorre em um momento de restrição no crédito tradicional. Levantamento da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) mostra que mais de 60% das fintechs pretendem ampliar as operações com lastro alternativo em 2026, enquanto dados do Banco Central indicam que o custo médio das linhas de capital de giro aumentou ao longo de 2025, estimulando a busca por fontes menos onerosas de financiamento.
Como funciona a tokenização de recebíveis no mercado financeiro
Os modelos autorizados usados por instituições financeiras e empresas reguladas os recebíveis são registrados em blockchain, gerando um token representativo desse direito. Essa estrutura permite:
- operações de registro com maior rastreabilidade;
- reduzir etapas intermédias;
- automatizar liquidações;
- diminuir custos de custódia e auditoria;
- ampliar o acesso de investidores investindo em carteiras diversificadas.
Processos que antes dependiam de múltiplos agentes passam a ocorrer de forma coordenada em redes autorizadas, com auditorias contínuas e contratos inteligentes para automatizar pagamentos, cessões e liquidações.
Segundo Franco, esse modelo reduz fricções típicas das operações de crédito. “Um fluxo digitalizado, com lastro em blockchain, elimina redundâncias e dá previsibilidade de liquidação. Isso interessa tanto a quem concede crédito quanto ao empreendedor que precisa manter fluxo de caixa saudável. A tokenização é, na prática, uma evolução da infraestrutura dos recebíveis“, avalia.
O uso de tokens para durar direitos creditórios ganha força entre plataformas de Banking as a Service, contas digitais e marketplaces financeiros. A estrutura permite criar:
- linhas de crédito com risco reduzido,
- antecipação de recebimentos com menor custo,
- produtos fracionados para investidores,
- financiamentos atrelados a contratos automatizados.
Com a popularização do Pix e o fortalecimento do Open Finance que já registrou mais de 45 milhões de assinaturas ativas em 2025, segundo o Banco Central as fintechs passaram a operar com maior volume de dados transacionais, facilitando análise de risco e precificação de carteiras tokenizadas.
Para Rafael Franco, o movimento é resultado. “Nos próximos anos, veremos fintechs usando tokenização não apenas como tecnologia, mas como estratégia de produto. Ela permite criar crédito mais competitivo, dar liquidez a operações pequenas e integrar modelos de antecipação diretamente ao aplicativo, com governança e rastreabilidade“, diz.
Apesar do avanço, especialistas apontam que a expansão depende da padronização regulatória e da adoção mais ampla de redes permissionadas homologadas às normas da CVM e do Banco Central. Questões como custódia de tokens, compliance, interoperabilidade e prevenção de fraudes continuam sendo pontos críticos.
“O ambiente é promissor, mas exige maturidade. Para tokenizar recebíveis em escala, a fintech precisa ter conexão com instituições reguladas, regras claras de governança e automação de segurança. Não é uma porta de entrada simples, é uma evolução da infraestrutura financeira“, afirma Franco.
Com o encerramento do piloto do Drex e o avanço dos testes de ativos tokenizados em bancos e plataformas independentes, o mercado projeta um ambiente mais competitivo para operações estruturadas. A combinação entre custo menor, liquidez mais rápida e maior rastreabilidade deve acelerar a entrada de novas fintechs no segmento.
Para Franco, o próximo ciclo será marcado por plataformas que consigam integrar tokenização, análise de risco e crédito dentro de uma mesma arquitetura. “A disputa será pela capacidade de transformar a infraestrutura tecnológica do produto financeiro acessível. Quem conseguir unir segurança, automação e durabilidade confiável será líder do mercado“, conclui.
Sobre o Alphacode
A empresa iniciou as atividades em 2015 e está presente em São Paulo, Curitiba (PR) e Fortaleza (CE) e Orlando (FL-EUA). Atualmente, é responsável por projetos de grande porte como Domino’s Pizza, Madero e China In Box entre outros, totalizando um atendimento de mais de 20 milhões de pessoas todos os meses, principalmente nos segmentos de Delivery, Saúde e Fintechs.
O tempo tem como propósito criar relações de longo prazo com os clientes atendidos, para que eles possam entender que os projetos são organismos vivos, e que acontecem de constante evolução para atender a necessidade do consumidor.
Os aplicativos desenvolvidos contam com uma implementação robusta e confiável. Os produtos oferecidos pelo Alphacode também contemplam site, totem ou WhatsApp. Ocorre também a integração entre todos os sistemas de pagamento como nota fiscal eletrônica, PDV, Mensageria, análise de risco e logística.
Fonteslivecoins




