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A Tether, emissora da stablecoin USDT, reportou nesta sexta-feira (31) um lucro impressionante de US$ 10 bilhões nos três primeiros trimestres de 2025, o que coloca a empresa no mesmo patamar de alguns dos principais gigantes financeiros globais.

O desempenho do Tether já rivaliza com os bancos mais lucrativos do planeta — e até supera o de algumas grandes instituições dos Estados Unidos. O lucro líquido da empresa, por exemplo, é superior ao do Bank of America, que registrou US$ 8,9 bilhões no mesmo período, e quase o dobro do US Bank, com US$ 5,5 bilhões até agora em 2025.

A performance da Tether também se aproxima de nomes tradicionais de Wall Street como Morgan Stanley e Goldman Sachs, que registraram lucros líquidos de US$ 12,4 bilhões e US$ 12,56 bilhões, respectivamente.

Em 2024, o Tether ficou a menos de 10% de superação do lucro anual do Goldman, com US$ 13 bilhões, e caminha para superar esse número neste ano.

Ainda assim, a empresa está longe do topo absoluto do sistema financeiro: o JP Morgan já soma US$ 44 bilhões em lucro líquido em 2025 — mais de quatro vezes o desempenho da Tether.

Mesmo assim, é um retorno impressionante para uma companhia privada e sediada em El Salvador. Só no terceiro trimestre, a Tether emitiu mais de US$ 17 bilhões em novas unidades do USDT, elevando a oferta em circulação para mais de US$ 184 bilhões.

“O USDT se tornou a maior história de inclusão financeira da história da humanidade, com mais de 500 milhões de usuários em mercados emergentes e países em desenvolvimento”, publicou o CEO Paolo Ardoino no X.

Os lucros da Tether vêm principalmente dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA mantidos como reserva para lastrear o USDT. A empresa afirma possuir cerca de US$ 135 bilhões em papéis, o que está colocado à frente de países como Alemanha, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e, mais recentemente, Coreia do Sul, entre os maiores detentores de títulos do Tesouro do mundo.

Os maiores detentores globais continuam sendo o Japão, com cerca de US$ 1,2 trilhão em títulos, segundo dados de julho.

Embora seu foco principal sejam os mercados emergentes, o Tether vem se preparando para entrar nos Estados Unidos após a reeleição do presidente Donald Trump e a aprovação de um marco legal para stablecoins no país.

A empresa planeja lançar até o final de 2025 uma nova stablecoin voltada para o mercado americano, a USAT, que seguirá as regulamentações locais. Até hoje, porém, a Tether evitou se envolver diretamente no mercado dos EUA ou abrir capital — e ainda não passou por uma auditoria completa realizada por uma das “Big Four” do ramo de contabilidade.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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Fonteportaldobitcoin

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