De acordo com comentaristas de mercado, uma forte divisão se abriu entre os defensores do Bitcoin e os defensores dos metais preciosos, após um ano de grandes movimentos em ambos os campos. Os ganhos de longo prazo do Bitcoin estão sendo apresentados como prova de que ele continua sendo o ativo de melhor desempenho, enquanto o ouro e a prata tiveram uma recuperação dramática que surpreendeu alguns investidores. As opiniões estão divididas e o debate é intenso.
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A grande liderança do Bitcoin desde 2015
O Bitcoin subiu cerca de 27.700% desde 2015, número citado pelo analista Adam Livingston. Esse número supera os ganhos registrados para a prata e o ouro no mesmo período, que são de aproximadamente 400% e 280%, respectivamente.
Livingston argumentou que, mesmo ignorando os primeiros anos do Bitcoin, a criptomoeda ainda ultrapassava os metais por uma grande margem. Alguns veem isso como uma vitória clara para a tese criptográfica. Outros não estão convencidos.
Bitcoin x Prata x Ouro desde 1º de janeiro de 2015:
Prata: 405%
Ouro: 283%
Bitcoin: 27.701%Mesmo ignorando os primeiros 6 anos de existência do Bitcoin para os bebês chorões que reclamam da comparação do prazo…
…ouro e prata apresentam desempenho drasticamente inferior ao APEX ASSET.… pic.twitter.com/vdAnatqRKG
-Adam Livingston (@AdamBLiv) 27 de dezembro de 2025
Os críticos recuam nos prazos
O defensor do ouro, Peter Schiff, disse a Livingston para se concentrar em um período mais curto – os últimos quatro anos – e disse que o momento do Bitcoin pode ter passado. Esse desafio reflecte uma preocupação mais ampla entre os detentores de metais de que o desempenho passado poderá não se repetir.
Agora faça apenas os últimos quatro anos. Os tempos mudaram. O tempo do Bitcoin já passou.
-Peter Schiff (@PeterSchiff) 27 de dezembro de 2025
O cofundador da Orange Horizon Wealth, Matt Golliher, ofereceu um ângulo diferente, dizendo que os preços das commodities tendem a voltar em direção ao custo de produção e que preços mais altos geralmente geram mais oferta. Ele também destacou que fontes de ouro e prata que não eram lucrativas há um ano estão agora sendo extraídas com lucro.
Oferta e forças macro impulsionando os preços
O ouro e a prata atingiram novos máximos em 2025. Os relatórios mostram que o ouro atingiu cerca de 4.533 dólares por onça e a prata se aproximou de quase 80 dólares por onça. Ao mesmo tempo, o dólar americano enfraqueceu, com o índice do dólar americano caindo cerca de 10% no ano.
Vários analistas associaram essas medidas às expectativas em torno da flexibilização da Fed em 2026 e às crescentes tensões geopolíticas que podem empurrar os comerciantes para activos escassos. O estrategista da Zaner Metals, Peter Grant, disse que as negociações mais fracas e as perspectivas do Fed ajudaram a alimentar oscilações acentuadas.
Opinião surpreendentemente impopular: Ouro e prata não precisam desacelerar para que o Bitcoin tenha um bom desempenho.
Os Bitcoiners que pensam que isso precisa acontecer, têm baixo T e não entendem nenhum desses ativos.
— _Checkmate 🟠🔑⚡☢️🛢️ (@_Checkmatey_) 28 de dezembro de 2025
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O caminho do Bitcoin não está ligado aos metais
De acordo com analistas da Glassnode e macroestrategistas, o Bitcoin não precisa de ouro ou prata para esfriar antes de poder subir novamente.
James Check, analista líder da Glassnode, argumentou que os ativos não precisam ser negociados entre si. A macroestrategista Lyn Alden repetiu esta opinião, observando que ambos podem atrair procura ao mesmo tempo e não são rivais estritos na prática.
Arthur Hayes acrescentou que a flexibilização da Fed e um dólar mais fraco deverão aumentar amplamente os activos escassos, incluindo reservas de valor digitais e físicas.
Imagem em destaque do Unsplash, gráfico do TradingView
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