Como stablecoins atreladas a moedas locais deverão movimentar cerca de R$ 32 bilhões na América Latina até o final de 2025segundo o relatório O estado dos Stablecoins locais – América Latinadivulgado pela Iporanga Ventures. O estudo analisa a evolução do mercado regional e aponta as considerações desses ativos como uma infraestrutura relevante para operações de câmbio e pagamentos internacionais em blockchain.
De acordo com o levantamento, Brasil, México e Colômbia já movimentaram juntos US$ 4,8 bilhões (R$ 25,6 bilhões) em stablecoins locais ao longo de 2025. A projeção é que o volume total ultrapassou US$ 6 bilhões até dezembro, impulsionado principalmente pela adoção institucional e por novos casos de uso limitados a câmbio e pagamentos cross-border.
O Brasil liderou com ampla vantagem, respondendo por 69% do volume transacionado no ano. A expectativa é que o país supere sozinho US$ 4 bilhões (R$ 21,3 bilhões) em operações on-chain com stablecoins de real até o final de 2025. Com isso, o real se consolida como o terceiro maior mercado de stablecoins do mundo em termos de oferta e volume, atrás apenas do dólar e do euro.
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O relatório também aponta uma mudança significativa no perfil dos usuários. Em 2024, investidores profissionais e grandes detentores concentrariam a maior parte das transações. Em 2025, esse cenário se inverteu: instituições financeiras, fintechs, empresas de pagamentos e provedores de câmbio já responderam por 84% do volume negociado, enquanto o varejo representa apenas 4%.
Na Colômbia, o crescimento chama atenção. O volume de stablecoins atrelados ao peso colombiano saltou de US$ 700 mil em outubro de 2024 para US$ 200 milhões no mesmo mês de 2025, impulsionado principalmente por remessas, operações de câmbio e pagamentos corporativos internacionais.
Casos de uso
Segundo o estudo, os principais casos de uso atualmente envolvem câmbio on-chain, pagamentos internacionais, rampas de entrada e saída eficientes, manutenção de saldo em moeda local para empresas estrangeiras e operações com cartões de crédito criptografados. Nesse contexto, as stablecoins locais passam a funcionar como um novo “rail” de FX digital, com liquidez contínua, custos menores e maior eficiência operacional.
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Mesmo com a redução de operações de arbitragem e de bots, a liquidez em exchanges descentralizadas (DEXs) cresceu 262% em um ano, alcançando cerca de US$ 2 milhões em outubro de 2025. O movimento indica maior uso econômico real desses ativos, especialmente em operações de câmbio e pagamentos.
O ecossistema também avança em escala e diversidade. Atualmente, há cerca de US$ 47 milhões em stablecoins locais em circulação, distribuídos em oito blockchains, com crescimento de 327% em relação ao ano anterior. Ao todo, aproximadamente 92 mil endereços já detêm esse tipo de ativo.
O relatório destaca ainda uma iniciativa de transparência, desenvolvida em parceria com a Fact Finance, para ampliar o uso de provas de reserva das stablecoins locais, buscando aumentar a confiança e a segurança do mercado.
“As stablecoins locais estão se tornando uma ponte entre a economia latino-americana e o sistema financeiro global. Elas já movimentam bilhões de dólares e começam a reescrever a forma como câmbio e pagamentos on-chain”, afirma Rodrigo Trindade, responsável pela pesquisa na Iporanga Ventures.
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Fonteportaldobitcoin



