UM Receita Federal do Brasil (RFB) atualizou as rregras de fornecimento de informações sobre operações com criptoativos.
De acordo com o anúncio, publicado nesta segunda-feira (17), o órgão passe a usar o padrão Crypto Asset Reporting Framework, CARFda Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. A medida cumpre o compromisso reforçado por dezenas de jurisdições que participam da Convenção Multilateral de Assistência Mútua Administrativa em Matéria Tributária.
O novo formato será implementado por meio da Declaração de Criptoativosum DeCriptoque ficará disponível no e-CAC a partir de julho de 2026. O modelo atualmente em vigor será aplicado até 30 de junho de 2026.
Obrigatoriedade e alterações previstas no novo sistema
Conforme informado a Receita, as regras sobre quem deve prestar informações permanecer as mesmas para dois grupos.
Como prestadoras de serviços de criptografiacomo as corretoras de criptomoedas, sediadas no Brasil deverão enviar dados mensalmenteindependentemente do valor movimentado.
Enquanto isso, como pessoas físicas e jurídicas que realizarem operações sem a mediação de exchanges brasileiras muito obrigada a reportar somente quando ultrapassarem o valor mensal exigido. O limite passa de 30 mil reais para 35 mil reais.
A principal mudança está na inclusão das prestadoras de serviços de criptografia domiciliadas no exterior que atuam no país. A obrigatoriedade decorre da Lei 14.754 de 2023 e amplia a abrangência do monitoramento fiscal para plataformas internacionais que oferecem serviços a usuários brasileiros, como a Binânciapor exemplo.
Outra alteração relevante ocorrerá a partir de janeiro de 2026, quando as prestadores de serviços deverão cumprir procedimentos de diligência previstas no CARF. Esses procedimentos incluem práticas de identificação e seleção de usuários, especificações como AML e KYCcom o objetivo de evitar o uso de criptoativos em operações relacionadas à lavagem de dinheiro e ao financiamento de atividades ilícitas. As orientações fornecidas constam dos anexos da instrução normativa publicada pela Receita Federal.
Construção da norma e cooperação internacional
A elaboração da DeCripto contorno com consulta pública dirigido a empresas, usuários e entidades da sociedade civil. Após a coleta das contribuições, o órgão promoveu reuniões técnicas para dúvidas e análises. Além disso, o processo envolve interlocução com o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários.
A adoção do CARF reforçar a cooperação entre administrações tributárias que segue o padrão internacional. A busca por iniciativa de melhoria intercâmbio automático de informaçõesbem como aumentar a capacidade de identificação de operações relacionadas a evasão fiscal, lavagem de dinheiro e financiamento de atividades criminosas.
A nova regulamentação não altera as regras de tributação.
Fontecriptofacil




