Um consórcio de grandes bancos, incluindo Bank of America, Citi, Deutsche Bank, Goldman Sachs e UBS, anunciou na sexta-feira que colaborarão para explorar o desenvolvimento de stablecoins atreladas às moedas do G7.
Uma nova era para criptografia nas finanças convencionais
O interesse renovado em stablecoins vem na esteira do endosso do setor pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que reacendeu as discussões sobre a integração tecnologia blockchain nas finanças convencionais.
Atualmente, o mercado de stablecoins é fortemente dominado pelo Tether (USDT), com sede em El Salvador, que responde por aproximadamente US$ 179 bilhões do total de US$ 310 bilhões em stablecoins em circulação, segundo dados da CoinGecko.
Os bancos envolvidos neste nova iniciativaque também inclui Santander, Barclays, BNP Paribas, MUFG, TD Bank Group e outros, afirmaram que o objetivo é avaliar se uma oferta colaborativa da indústria poderia aumentar a concorrência e trazer os benefícios dos ativos digitais para o mercado, ao mesmo tempo que garante a conformidade.
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Notavelmente, a Societe Generale da França tornou-se recentemente o primeiro grande banco a emitir uma stablecoin lastreada em dólares através de seu subsidiária de ativos digitaisembora tenha tido uma adoção limitada, com apenas US$ 30,6 milhões atualmente em circulação.
Além deste consórcio, um grupo separado de nove bancos europeus, incluindo nomes proeminentes como ING e UniCredit, também está em processo de lançamento de uma moeda estável denominada em euros.
Enquanto isso, o Citi fez avanços no espaço de stablecoin ao investir na BVNK, uma empresa focada em infraestrutura de stablecoin.
Cresce a demanda por soluções de stablecoin
Embora o Citi não tenha divulgado o valor do seu investimento, o cofundador do BVNK, Chris Harmse, disse durante uma reunião entrevista com a CNBC, que a avaliação da empresa ultrapassou US$ 750 milhões, conforme relatado em sua última rodada de financiamento.
Harmse comentou sobre a crescente demanda por infraestrutura de stablecoin, particularmente com o surgimento de clareza regulatória através da aprovação da Lei GENIUS nos EUA. Isso levou os principais bancos dos EUA a se posicionarem estrategicamente no ecossistema criptográfico.
A CEO do Citi, Jane Fraser, indicou que o banco está contemplando a emissão de sua própria moeda estável, ao mesmo tempo que explora serviços de custódia para ativos digitais. Contudo, o Citi não está sozinho na sua busca pela integração de ativos digitais; O JPMorgan Chase já lançou seu próprio token semelhante ao stablecoin, o JPMD.
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Os bancos estão investigando cada vez mais como a tecnologia blockchain – originalmente desenvolvida para suportar Bitcoin – pode reduzir os custos de transação e melhorar a velocidade de processamento em diversas operações financeiras.
Esta exploração inclui o conceito de tokenização, que envolve a criação de tokens digitais que representam ativos tradicionais, como depósitos. Por exemplo, o Bank of New York Mellon está atualmente analisando depósitos tokenizados, enquanto o HSBC já lançou um serviço de depósitos tokenizados.
Imagem em destaque do DALL-E, gráfico do TradingView.com
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