Resumo da notícia:

  • Usado como rampa de acesso às criptomoedas, o Pix ganha funcionalidade de bloco de criação de chaves sem autorização.

  • Funcionalidade começa a funcionar em dezembro pelo “sistema Registrado” do BC.

  • Nos últimos meses, 245 milhões de chaves Pix foram restauradas.

Usado de forma massiva pelos brasileiros como rampa de acesso às criptomoedas, o Pix terá uma nova funcionalidade em dezembro. De acordo com informações divulgadas na semana passada pelo Banco Central (BC), a nova ferramenta vai impedir a abertura indevida de contas, de maneira alheia ao titular do CPF.

O chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Breno Lobo, revelou que a nova funcionalidade tem como objetivo dificultar a ação de golpistas por meio da apropriação indevida do CPF das pessoas para abertura indevida de contas.

Segundo ele, a medida vai funcionar de maneira semelhante a outra ferramenta de segurança, que também começa a funcionar em dezembro, visando a bloquear a abertura de novas contas (correntes, poupanças ou de pagamento), sem autorização prévia da pessoa titular.

No ‘sistema Registrado’, há uma funcionalidade que permite aos usuários assinalar a nomeação de abertura de contas em seu nome. Caso o cliente decida abrir uma conta, deverá notificar o Banco Central para desbloquear essa restrição, explicou Breno Lobo.

Ele acrescentou que “a mesma abordagem será aplicada às chaves Pix”. Já o Registrado do BC funciona como uma espécie de raio-x da vida financeira das pessoas, porque possibilita que eles consultem de maneira gratuita informações sobre empréstimos, contas ativas e outras chaves PIX cadastradas no CPF das pessoas.

Segundo o BC, uma nova ferramenta de bloqueio voluntário se soma a outras ações recentes da autoridade monetária para combater golpes do ecossistema ao qual o Pix está integrado. Desde outubro, as próprias instituições financeiras já podem bloquear proativamente chaves Pix, suspeitas de envolvimento em atividades fraudulentas.

O BC acrescentou que, nos últimos meses, 245 milhões de chaves Pix foram restaurações, tanto por decisão dos bancos quanto por solicitação direta dos usuários, motivadas por erros de grafia (que podem indicar fraudes), falecimento do titular ou simples desinteresse no uso.

Em outra experiência do BC contra fraudes, os aplicativos de instituições bancárias passaram a disponibilizar em outubro um botão para contestar transações suspeitas via Pix, agilizando o processo de consulta e análise, sem a necessidade de interação humana.

Apesar das facilidades, o Pix contribuiu para que o país se tornasse um dos principais alvos globais de fraudes financeiras, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Fontecointelegraph

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