Rodrigo Tolotti avatarOperação Kryptolaundry (Fotos: PF)

A Polícia Federal deflagrou na terça-feira (9) a Operação Kryptolaundry para desarticular um amplo esquema de captura ilegal de investimentos e lavagem de dinheiro com uso de criptomoedas no Distrito Federal.

Informações do site Metrópoles apontam que se trata de um grupo ligado a Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó do Bitcoin” que deixou milhares de investidores sem prejuízo com a pirâmide financeira da GAS Consultoria.

Segundo as investigações, o grupo movimentou mais de R$ 2,7 bilhões, dos quais R$ 404 milhões foram identificados como recursos ilícitos destinados ao enriquecimento de seus líderes. No total, porém, as investigações conseguiram um lucro de R$ 3,8 bilhões ao fazer pelo menos 62 mil vítimas no Brasil.

Ao todo, foram decretados 24 mandatos de busca e apreensão e nove prisões preventivas, alcançando 45 investigados entre pessoas físicas e jurídicas, segundo nota da PF. Seis pessoas foram presas no DF e duas na Espanha, em ação coordenada com autoridades internacionais.

A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 685 milhões em contas bancárias, além do sequestro de propriedades urbanas e rurais, incluindo imóveis de luxo, fazendas e empreendimentos comerciais experimentais utilizados para mascarar a origem dos recursos.

Leia também: “Faraó do Bitcoin” é condenado a 19 anos de prisão por organização criminosa e corrupção ativa

Operação Kryptolaundry (Fotos: PF)

O esquema investigado

O núcleo empresarial da quadrilha com ligações ao esquema do “Faraó do Bitcoin”, estruturou e controlou bolsas de empresas de fachada para pulverizar valores, ocultar patrimônio e adquirir bens de alto valor.

As investigações mostram que o grupo atuava com forte aparência de legalidade, oferecendo investimentos em criptomoedas apresentados como “seguros” e com promessas de rentabilidade elevada, de 10% ao mês. Para atrair investidores, eles usaram contratos elaborados, eventos presenciais e intensa divulgação nas redes sociais.

No entanto, segundo a PF, parte expressiva do dinheiro captado foi desviada para o enriquecimento do topo da organização criminosa, que recorria ao uso de criptomoedas como forma de dificultar o rastreamento dos valores.

Os investigados poderão responder por crimes financeiros, lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsidade ideológica e outros crimes relacionados.

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Fonteportaldobitcoin

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