A chefe da PCMG, delegada-geral Letícia Gamboge (centro), ressaltou o compromisso da Polícia Civil com a proteção de sistemas corporativos (Crédito: Riva Moreira / TJMG)

A Operação Veredicto Sombrio deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apreendeu R$ 973 mil em criptomoedas de investigados para atacar o sistema judiciário brasileiro. Os ataques, que miraram até o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), teriam causado grandes danos financeiros.

Deflagrada na quarta-feira (10), a operação apreendeu veículos de luxo, joias, dinheiro em espécie e outros bens dos suspeitos. A ação ocorre nas cidades de Belo HorizonteSete Lagoas (região Central) e Jacutinga (Sul do Estado).

Como parte da ação, também foi determinado o bloqueio de aproximadamente R$ 40 milhões, incluindo cerca de US$ 180 mil em criptoativos“, disse o resultado da ação com cooperação de várias autoridades mineiras e nacionais. As autoridades não informaram onde o valor das criptomoedas estava custodiado, se em carteiras apreendidas na operação ou corretoras.

🛡️Aprenda a proteger seus bitcoins sem depender de terceiros. 👉 Treinamento de auto custódia.

🟠Receba consultoria em Bitcoin com os maiores especialistas do mercado.

De acordo com as investigações, o grupo utilizou forma de credenciais ilegais pertencentes a magistrados e servidores do TJMG para invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Assim, invadiram o Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP), o Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud) e o Registro Nacional de Veículos Automotores Judicial (Renajud).

O grupo criminoso também agia em diversas frentes, aplicando golpes como o do falso advogado e realizando fraudes que resultaram em grandes prejuízos financeiros para empresas e bancos. A PCMG divulgou em seu perfil do Instagram o vídeo da operação e as buscas conduzidas.

🔔 Entre em nosso grupo no WhatsApp e fique atualizado.

Influencer Felca na mira de hacker preso que estava ligado a crimes contra o judiciário

Durante coletiva de imprensa realizada quarta-feira, o juiz auxiliar da Presidência do TJMG Marcelo Rodrigues Fioravante afirmou que os trabalhos de monitoramento e investigação duraram aproximadamente seis meses.

O combate ao crime organizado, hoje, é um dos maiores desafios do Estado brasileiro. Há uma tentativa de recrudescimento da legislação para fazer frente a essas iniciativas. Uma delas, como a que estamos deparando hoje, é uma das mais usadas: acesso e alteração de sistemas judiciais.

Ele destacou ainda que toda a fraude realizada pela organização criminosa foi identificada, assim como as principais pessoas envolvidas.

Nós estamos, agora, finalizando a 1ª fase dessa investigação, necessária para estancar a atuação da organização. A partir das apurações da dimensão desse trabalho criminoso, as investigações podem avançar.

Ainda segundo o juiz Marcelo Rodrigues Fioravante, um operação “Veredicto Sombrio” também tem relação com a prisão de um hacker suspeito de envolvimento em ameaças ao influenciador digital Felca. O preso trabalhou com vendas de credenciais de acesso a sistemas judiciais de magistrados e servidores de vários tribunais do País, incluindo a Corte mineira.

Essas credenciais eram de magistrados e servidores do TJMG e estariam sendo utilizadas por essa organização para tentar fraudar nossos sistemas. Uma dessas frentes fez com que nosso serviço de inteligência identificasse ações dessa organização, também, a partir da prisão do hacker relacionadas às ameaças ao influenciador Felca.

A operação segue limpando os materiais encontrados para identificar o modo de operação dos criminosos. Com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).



Fonteslivecoins

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *