Resumo da notícia:
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Atualmente, o Nu Cripto, plataforma de negociação de criptoativos do banco digital, atende 6,6 milhões de clientes.
Doze anos após sua fundação e três desde que adicionou Bitcoin à sua caixa, o Nubank assumiu o posto de maior empresa do Brasil em capitalização de mercado – e a segunda maior da América Latina, atrás apenas do Mercado Livre.
Dados consolidados pela firma de consultoria Elos Ayta apontam que o banco digital brasileiro atingiu US$ 77 bilhões em valor de mercado, ultrapassando a Petrobrás, até então líder, que agora soma US$ 74,7 bilhões.
Nesta terça-feira, 4 de novembro, as ações da Nu Holdings, controladora do Nubank, registraram uma máxima histórica de US$ 16,50. No encerramento do pregão em Wall Street, os papéis recuaram aprimorados e fecharam cotados a US$ 15,83, segundo dados da TradingView.
Listadas na Nasdaq desde 2021, as ações do Nubank acumulam alta de 52% em 2025, enquanto a Petrobrás, cujas ações são negociadas na B3, acumula perdas anuais de 19%, segundo dados do TradingView.
O marco histórico foi alcançado pouco mais de um mês após a Nu Holdings solicitar uma licença bancária junto ao Escritório do Controlador da Moeda (OCC) dos Estados Unidos. A faz parte da estratégia de expansão internacional do banco.
O recém-contratado diretor do Nubank Cripto, Michael Rihani, celebrou a conquista em uma postagem no X:
“O Brasil acaba de vivenciar seu ‘momento Apple’… Há 12 anos, as principais empresas do país eram de petróleo, mineração, bancos e bebidas. Hoje, um banco digital construído integrado em um aplicativo móvel atingiu o número 1… A economia brasileira acaba de passar das commodities para código – de exclusividade para inclusão.”
Fundado como uma startup em maio de 2013, em São Paulo, por David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible, o Nubank foi idealizado como uma plataforma de serviços financeiros 100% digitais, com tarifas inferiores às praticadas pelas instituições financeiras tradicionais.
As operações do Nubank ocorreram no ano seguinte, com o lançamento de um cartão de crédito sem anuidade para um grupo restrito de usuários convidados. Anos depois, o Nubank se tornou uma das marcas brasileiras mais reconhecidas internacionalmente e um exemplo do dinamismo inovador das fintechs do país.
No balanço divulgado no segundo trimestre de 2025, o banco reportou o crescimento anual de 17% de sua base de clientes, que já chega a 122,7 milhões, somando Brasil, México e Colômbia.
O Brasil concentra uma parcela maior de clientes, com uma penetração de mais de 60% na população adulta. Na Colômbia esse percentual é de 10%, enquanto no México há aproximadamente 12 milhões de clientes.
O lucro líquido reportado no período foi de US$ 637 milhões, com um retorno sobre o patrimônio líquido de 31%. Os depósitos somaram US$ 36,6 bilhões, enquanto a carteira de empréstimos atingiu US$ 27,3 bilhões.
Nubank e as criptomoedas
A Nu Holdings foi a primeira grande empresa brasileira a adicionar Bitcoin às suas reservas. O anúncio do investimento de 1% do patrimônio líquido em Bitcoin ocorreu em 2022, em paralelo ao lançamento de uma plataforma para negociação e custódia de criptomoedas integrada ao app do banco.
Inicialmente, o Nubank oferece suporte para negociação de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), mas ao longo dos últimos anos expandiu as opções de investimento ao incluir outras criptomoedas, como Solana (SOL), Polygon (POL), Uniswap (UNI) e a stablecoin atrelada ao dólar USD Coin (USDC).
Em 2024, o Nubank desbloqueou o serviço de envio e coleta de criptomoedas on-chain, incluindo Bitcoin, Ethereum e Solana. Recentemente, o banco anunciou uma redução significativa nas taxas de negociação de criptomoedas, rendimentos de 4% sobre depósitos em USDC e integrados à Lightning Network (LN) –um protocolo de segunda camada para viabilizar micropagamentos e transferências em Bitcoin – ao Nu Cripto.
Atualmente, o NuCripto atende 6,6 milhões de clientes e oferece os serviços de compra, venda e custódia de 28 criptoativos.
Conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil recentemente, Rihani acredita que o Brasil pode se tornar um dos principais polos globais de adoção de criptoativos devido ao perfil de sua população:
“O Brasil está preparado para um salto de adoção em massa. Há uma rara combinação de infraestrutura digital, juventude conectada e busca por autonomia financeira.”
Fontecointelegraph




