A Etiópia consolida-se rapidamente como um novo centro global para a mineração de Bitcoin (BTC). Dados revelados pelo consultor Kal Kassa em uma entrevista publicada na quarta-feira (24) indicam que o setor vive um momento de expansão acelerada no país africano, impulsionado por condições geográficas e energéticas adequadas.
Os mineradores de criptomoedas já adquiriram mais de US$ 200 milhões em eletricidade na nação apenas durante o ano de 2025. As projeções para o próximo ano apontam que esse volume de compras deve atingir a marca de US$ 300 milhões, o que demonstra a confiança dos investidores na infraestrutura local.
Esse montante de energia consumida representa atualmente cerca de 2% a 3% de toda a taxa de hash global do Bitcoin. Desta forma, a Etiópia deixa de ser um destino experimental para se tornar um player relevante na segurança da rede descentralizada mais importante do mercado.
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O principal atrativo para as empresas do setor residem na matriz energética do país. Cerca de 95% da eletricidade é proveniente de usinas hidrelétricas instaladas ao longo do Rio Nilo, garantindo uma fonte de energia renovável e sustentável em larga escala.
Vantagens competitivas e até incentivos governamentais
A geografia da região oferece um benefício natural para a operação de máquinas de alto desempenho. O país situa-se entre 2.000 e 3.000 metros acima do nível do mar, o que proporciona temperaturas médias mais baixas.
Esse clima ameno concede aos mineradores uma vantagem de renovação natural necessária para a eficiência operacional. Portanto, as empresas gastam menos recursos com sistemas de refrigeração artificial e reduzem significativamente seus custos operacionais finais.
Além disso, o governo local também implementou uma série de incentivos para atrair capital estrangeiro de longo prazo. O pacote inclui isenções fiscais, proteções aos investidores e garantias contratuais que visam manter esses investimentos dentro do território nacional.
O custo da eletricidade permanece extremamente competitivo no cenário internacional, girando em torno de 3,6 centavos de dólar por quilowatt-hora. Embora existam diferenças de possíveis aumentos nas tarifas futuras, os preços ajustados ainda são interessantes quando comparados a outras jurisdições.
Mudança no eixo da mineração mundial?
O crescimento da Etiópia ocorre em um momento de transformação no cenário de mineração dos Estados Unidos. A América ainda concentra cerca de um terço da taxa de hash global, mas enfrenta novos desafios internos.
Os preços da energia norte-americana sobem rapidamente devido à demanda voraz dos data centers de inteligência artificial (IA). As instalações de tecnologia de ponta competem diretamente com os mineradores por capacidade elétrica e frequentemente oferecem lanças mais altas pela energia disponível.
Além disso, os mineradores buscam alternativas à medida que são pressionados para fora de mercados com custos operacionais elevados. A combinação de energia verde barata, clima favorável e postura pró-investimento posiciona a Etiópia como um dos principais beneficiários desta nova fase de expansão da infraestrutura do Bitcoin.
Veja uma conversa completa em inglês.
A MINERAÇÃO DE BITCOIN ESTÁ CRESCENDO NA 🇪🇹 ETIÓPIA
O principal consultor de mineração de Bitcoin da Etiópia, @KalKassaexplica porque é que o país está a tornar-se rapidamente num centro mineiro global.
Os mineradores de Bitcoin já compraram mais de US$ 200 milhões em eletricidade em 2025 e estão no caminho certo para alcançar… https://t.co/5JJmcXivLP pic.twitter.com/9eGUpbtXOc
– Notícias sobre Bitcoin (@BitcoinNewsCom) 24 de dezembro de 2025
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