Os efeitos das quedas catastróficas das criptomoedas na noite de sexta-feira seguem reverberando nesta manhã de sábado (11), com as liquidações nas últimas 24 horas chegando ao patamar de US$ 19,3 bilhões — o número mais alto já visto na história do mercado criptografia.
Dados do CoinGlass mostram que, do total de US$ 19,3 bilhões retirados do mercado no último dia, US$ 16,8 bilhões representam posições de longo prazo, de usuários que apostaram na alta dos ativos no mercado de derivativos. Já os que apostaram na direção especial (short) foram liquidados em US$ 2,5 bilhões.
As posições de Bitcoin lideraram os eventos de liquidação (US$ 5,3 bilhões), seguidas por Ethereum (US$ 4,4 bilhões) e Solana (US$ 2 bilhões).
Esses números são os maiores já registrados na história das criptomoedas e superam, em muito, os de outros eventos marcantes, como o crash da Covid-19 e a quebra da FTX.
As criptomoedas desabaram na sexta-feira após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma imposição de tarifas de 100% sobre a China, além das já existentes. O Bitcoin chegou a tocar US$ 101 mil em algumas corretoras, após ter sido negociado no início da semana em seu recorde histórico de US$ 126 mil.
Neste sábado, o preço do Bitcoin se estabilizou em US$ 112.299, acumulando perdas de 7,6% no dia. As altcoins sofrem ainda mais, com ativos como Dogecoin desabando 23% no dia, seguido por Cardano (-20%), Solana (-17%), XRP (-13%) e Ethereum (-12%).
Corretoras Trabalhistas
O aumento da atividade na noite passada envolveu travamentos em algumas plataformas não preparadas para o grande tráfego, como foi o caso da Binance. A cofundadora da empresa, Yi He, afirmou que os usuários que sofreram perdas por causa de falhas na corretora podem solicitar indenização.
Alguns participantes do mercado suspeitaram das paralisações das corretoras que registraram os maiores eventos de liquidez.
“Os reguladores deveriam investigar as corretoras que tiveram mais liquidações nas últimas 24 horas e realizar uma revisão completa sobre a justiça de suas práticas”, escreveu no X o CEO da Crypto.com, Kris Marszalek.
“Alguma delas desacelerou até parar, efetivamente impedindo as pessoas de negociar? Todas as negociações foram precificadas corretamente e de acordo com os índices? Como está estruturado o monitoramento de negociações e os programas de AML (prevenção à lavagem de dinheiro)? Foram US$ 20 bilhões em liquidações — muitos usuários foram prejudicados.”
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Fonteportaldobitcoin