Resumo da notícia

  • Mercado cripto mostra recuperação lenta, mas ainda sem confirmação clara de reversão.

  • Indicadores on-chain apontam estresse, porém sugerem formação gradual de fundo.

  • Os dados macro dos próximos dias podem definir o rumo do Bitcoin e das altcoins.

6h30

O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta terça-feira, 25/10/2025, está cotado em R$ 470.089,89. Embora o BTC tenha registrado uma alta importante nesta semana, chegando a US$ 87 mil, os analistas ainda não estão decididos da recuperação e aguardam um movimento acima de US$ 90 mil.

Como aponta a Coinshares, este sentimento de ‘cautela’ está refletido nos ETFs criptográficos que registraram saídas totais de US$ 1,94 bilhão, marcando a quarta semana consecutiva de saídas, que agora totalizam US$ 4,92 bilhões, o que representa 2,9% do total de ativos sob gestão (AuM). Proporcionalmente, isso representa a terceira maior sequência de saídas desde 2018, superada apenas por março de 2025 e fevereiro de 2018, marcando uma queda de 36% no AuM, refletindo o impacto combinado entre fluxos e preço. Apesar disso, os fluxos de entrada acumulados no ano ainda permaneceram altos, somando US$ 44,4 bilhões.

O último dia de negociação da semana passada sinalizou acusações de uma possível reversão no sentimento, com pequenas entradas de US$ 258 milhões após sete dias consecutivos de saídas.

O Bitcoin registrou a maior parte das saídas, totalizando US$ 1,27 bilhão na semana passada, mas também apresentou uma maior recuperação na sexta-feira, com US$ 225 milhões de entradas. O produto Short Bitcoin continua popular, registrando US$ 19 milhões de entradas e acumulando US$ 40 milhões nas últimas três semanas — o equivalente a 23% do AuM — e viu seu AuM subir 119%.

O Ethereum registrou saídas de US$ 589 milhões. Tendo sofrido mais ao longo da semana, com saídas que representam 7,3% do AuM, ele também mostrou uma recuperação leve na sexta-feira com US$ 57,5 ​​milhões de entradas.

A Solana registrou saídas de US$ 156 milhões, enquanto o XRP contrariou a tendência, com entradas de US$ 89,3 milhões na última semana.

Cenário macroeconômico do Bitcoin

André Franco, CEO da BoostResearch afirma que os mercados asiáticos registraram alta nesta terça-feira em meio às expectativas reforçadas de que o Fed fará um corte de juros em dezembro. A valorização foi liderada por ações de tecnologia, enquanto o déficit diminuiu e os rendimentos dos títulos dos EUA foram obtidos. Já o Bitcoin, cotado em aproximadamente US$ 87.800, possui uma expectativa de curto prazo moderadamente positiva.

A elevação das chances de corte de juros tende a reduzir os rendimentos reais, melhorar a liquidez global e fortalecer ativos de risco e alternativos, como criptomoedas. No entanto, o impacto pode ser moderado: apesar das altas expectativas, ainda não há um anúncio formal ou novo dado macro que ativou uma explosão de alta no BTC.

Além disso, ele destaca que o volume de posições longas de Bitcoin (apostas na alta do preço) na exchange Bitfinex disparou 40% nos últimos três meses, um movimento que sinaliza que os traders estão aproveitando as recentes quedas de preço para dobrar suas apostas em uma futura valorização da criptomoeda.

Este aumento agressivo nas posições longas líquidas sugere uma forte verdade entre os grandes investidores e comerciantes da Bitfinex de que o preço do Bitcoin está subvalorizado no curto prazo e deve ser recuperado. A Bitfinex é frequentemente associada às baleias, o que torna este movimento um indicador importante de sentimento de mercado de alta.

A China ressurgiu como o terceiro maior hub global de mineração de Bitcoin, capturando cerca de 14% da taxa de hash mundial, de acordo com o Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI) citado pela Reuters.

Esse retorno é notável, pois o país havia banido a mineração de Bitcoin em maio de 2021, fazendo com que a atividade migrasse quase totalmente para outras nações. O ressurgimento indica que, apesar da concessão oficial, a mineração continua a ser realizada de forma secreta ou “subterrânea” em certas regiões, aproveitando possivelmente energia barata, e demonstra a dificuldade das autoridades chinesas em eliminar completamente a atividade.

Recuperação?

Para o analista Timothy Misir, chefe de pesquisa do BRN, o cenário de recuperação ainda inspira cautela.

“Temos uma recuperação, mas ela ainda depende de poucos ativos. O fôlego do mercado continua limitado”, afirmou.

A semana ganha ritmo com a chegada de dados macroeconômicos importantes. Hoje, os investidores analisam dados do PPI, vendas no varejo, vendas de moradias e confiança do consumidor nos Estados Unidos. Esses indicadores ajudam a calibrar as expectativas para a divulgação do PIB e do PCE, marcada para quarta-feira. O mercado segue dividido entre a narrativa de um “pouso suave com inflação cedendo” e o risco de que a pressão inflacionária persista, atrasando cortes de juros esperados pelos investidores.

“A leitura macro desta semana pode decidir se essa recuperação tem sustentação real ou se veremos uma nova rodada de ajustes”, disse Misir. Segundo ele, um conjunto de dados mais pacífico tende a favorecer ativos sensíveis à liquidez, como as criptomoedas. Já um cenário mais hawkish poderia desmontar o movimento de alta dos últimos dias.

O ambiente global tampouco coloca pressão adicional no curto prazo. Os rendimentos dos títulos transferidos foram forçados, as bolsas se estabilizaram e os dados da China seguiram fracos, mas sem estímulos acelerados. Isso reduz o risco de contágio entre os mercados, embora a liquidez mais baixa antes do feriado da Ação de Graças aumente a sensibilidade a qualquer surpresa econômica.

No blockchain, os indicadores mostram um mercado ainda tenso, mas iniciando uma transição para um processo de desaceleração mais organizado. Os volumes de transferência, as receitas com taxas e o Realized Cap Change recuaram na última semana — um comportamento típico de correções de fim de ciclo, quando os participantes se afastaram do risco, mas sem pânico generalizado.

Os dados de lucratividade continuam críticos. O NUPL segue comprimido, o P/L realizado é negativo e os investidores de curto prazo continuam extremamente sem prejuízo. Esses níveis se alinham a zonas históricas de formação de fundo, períodos em que as perdas não ocorrem aumentam antes de surgir um período de maior estabilidade.

“O mercado está estressado, mas não em colapso. Essa combinação costuma aparecer perto de regiões de fundo”, explicou Misir.

Nos derivados, o quadro reforça a leitura da exaustão da pressão vendedora. O RSI de 14 dias saiu do campo de sobrevenda, os contratos em aberto permanecem estáveis ​​e os CVDs seguem muito negativos — sinal de que a queda recente veio do fechamento de posições compradas, e não de novas apostas baixistas. O mercado de opções continua defensivo, com maior volatilidade e volatilidade mais contida, diminuindo turbulência, porém menos pânico.

Outra peça-chave veio do CME, onde os volumes de derivativos bateram registro de 794.903 contratos, mostrando que o capital institucional está usando o momento de baixa para ajustar posições, proteger carteiras e, em alguns casos, acumular.

Apesar do rompimento recente, Misir reforça que os gatilhos de risco continuam presentes — especialmente os macroeconômicos. PPI, vendas do varejo, PIB e PCE serão divulgados em uma janela de apenas 48 horas. “Qualquer surpresa hawkish pode apagar essa recuperação muito rápida”, alertou.

Outros fatores incluem a continuidade das saídas em ETFs de Bitcoin, a diminuição da atividade de stablecoins e o recebimento de livros de ordens, que aumentam o risco de slippage. Um novo declínio no Realized Cap Change ou nos volumes de transferência também pode sinalizar queda de demanda.

No fim, o analista descreveu o momento atual como um mercado atravessando uma correção tardia, tensa, mas estabilizando.

“O Bitcoin segurou a região dos US$ 80 mil, vê sinais de melhoria no momentum e nenhuma onda nova de shorts alavancados. Isso abre espaço para um padrão de fundo, mas a durabilidade do movimento ainda não está provada. O investidor deve operar extremidade nass e deixar os dados confirmarem a direção antes de assumir risco significativo”,.

Portanto, o preço do Bitcoin em 25 de novembro de 2025 é de R$ 470.089,89. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0022 BTC e R$ 1 compram 0,0000022 BTC.

As criptomoedas que estão registrando as maiores altas no dia 25 de novembro de 2025, são: Caspa (KAS), Ethena (ENA) e SUI (SUI) com altas de 26%, 12% e 10% respectivamente.

As criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 25 de novembro de 2025, são: ZCash (ZEC), Bitcoin Cash (BCH) e Memecore (M), com quedas de -6%, -5% e -4% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – apenas 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Na metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos nacionais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente – cada transação única é armazenada em um grande livro-razão (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um livro-razão público chamado “corrente de blocos” (block – bloco, chain – corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude pode ser facilmente detectado e corrigido por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de seleção e dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Toda decisão de investimento e negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa antes de tomar uma decisão.

Fontecointelegraph

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