Ó O Reino Unido implementará sua estrutura regulatória para stablecoins “tão rapidamente quanto os EUA”, disse uma alta funcionária do Banco da Inglaterra na quarta-feira, rebatendo as preocupações do setor de que o país está ficando para trás na corrida global para esses ativos.
Na conferência SALT em Londres, a vice-governadora do Banco da Inglaterra, Sarah Breeden, afirmou que o banco continua comprometido em acompanhar o ritmo dos EUA, onde o presidente Trump sancionou a lei GENIUS, que estabelece uma estrutura regulatória para stablecoins, em julho, o que impulsionou a adoção desses ativos.
“Nosso objetivo é garantir que nosso regime esteja em pleno funcionamento, tão rapidamente quanto nos EUA”, disse Breeden, conforme reportagem da Bloomberg. “É realmente importante que façamos isso juntos e seja uma oportunidade fabulosa.”
Na declaração ao Decrypt, Paul Howard, diretor sênior da empresa de negociação de criptomoedas Wincent, saudou o compromisso de Breeden com o cronograma, dizendo que é “uma ótima notícia de que o Reino Unido está pronto e funcionando tão rapidamente quanto os EUA, onde liderança vista desde o mais alto nível”.
Howard observou que o setor de serviços financeiros da Grã-Bretanha gera mais de 40% do PIB nacional, tornando “salvaguarda fundamental dos empregos e do desenvolvimento econômico do Reino Unido”, especialmente considerando o histórico do país como um centro de câmbio de moeda estrangeira.
A pressão por regras claras para stablecoins surge no momento em que o Reino Unido e os EUA avançam com uma força-tarefa conjunta, lançada em setembro, para alinhar as regras de criptomoedas e facilitar os fluxos de capital transfronteiriços, com recomendações de políticas previstas para março de 2026.
Preocupações com os limites
O Banco da Inglaterra planeja apresentar sua proposta de regime na segunda-feira, com as regras previstas para entrar em operação até o final do próximo ano.
As regulamentações incluirão limites temporários de US$ 26.087 (£ 20.000) para indivíduos e US$ 13 milhões (£ 10 milhões) para empresas, embora sejam esperadas isenções para grandes exchanges de criptomoedas e participantes institucionais.
Relatos sobre possíveis isenções surgiram no mês passado, permitindo que exchanges de criptomoedas e outras grandes entidades ultrapassassem o limite de £ 10 milhões para empresas.
A vice-governadora minimizou as preocupações com os limites de detenção na conferência, insistindo que “é menos problemático na prática do que as pessoas podem pensar”. Breeden justificou o regime específico britânico apontando para diferenças estruturais nos mercados de crédito: “Nos EUA, as pessoas obtêm seus empréstimos hipotecários da Fannie Mae e da Freddie Mac, e estes são financiados nos mercados financeiros”, disse ela. “No Reino Unido, as pessoas obtêm seus empréstimos hipotecários de bancos comerciais.”
Representantes do setor compartilharam as preocupações com os limites de detenção, com Simon Jennings, Diretor Executivo do Conselho Britânico de Negócios de Criptoativos, afirmando anteriormente ao Decrypt que o limite para investidores de varejo “continua sendo de suma importância que esses limites sejam recalibrados”, alertando que isso poderia se mostrar “complicado, caro e potencialmente inviável”.
O Banco da Inglaterra indicou que os limites seriam suspensos assim que as preocupações sobre o impacto das stablecoins nos depósitos bancários e na disponibilidade de hipotecas diminuíssem. O documento de discussão do banco central afirma que os limites “seriam aumentados ou removidos completamente se o Banco acreditasse que os riscos para a estabilidade financeira foram mitigados”.
O sentimento do mercado permanece cauteloso, com a maioria dos usuários da plataforma de previsão Myriad prevendo que o valor total do mercado de todas as stablecoins ficará abaixo de US$ 360 bilhões antes de fevereiro do próximo ano, mesmo que atualmente esteja acima de US$ 311 bilhões, de acordo com dados do CoinGecko.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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Fonteportaldobitcoin
