Resumo da notícia:

  • Tecnologias como IA encontram terreno fértil no crescimento de contas laranja no Brasil.

  • Educação financeira e tecnológica dão mais imunidade às pessoas.

  • A normatização do BC também é outra arma contra as fraudes.

A Quod divulgou recentemente uma pesquisa associando o aumento no número de contas laranjas e o crescimento de golpes, expansão capitaneada por tecnologias como inteligência artificial (IA).

De acordo com as informações da datatech, o Brasil chegou a 1,3 milhão de contas em nome de laranjas no primeiro semestre deste ano, 12% a mais que o mesmo período do ano passado.

As informações da empresa de dados focadas em crédito, baseadas no Repositório Unificado de Fraudes (Rufra), revelaram que as fraudes financeiras envolveram contas laranja cresceram 38% em relação ao primeiro semestre de 2024, seguidas pela engenharia social (+29,5%). Enquanto isso, as operações não reconhecidas envolveram Pix ou cartões recuaram em 3,8%.

Ao Infomoney, o diretor de produtos e dados da Quod, Danilo Coelho, disse que “ferramentas digitais, inteligência artificial e acesso facilitado a dados geraram os golpes mais difíceis de identificar e mais rápidos de executar”.

Ele se qualificou como aliadas à educação financeira e tecnológica e acrescentou que, “quando as pessoas entendem como funciona o sistema, reconhecem práticas suspeitas mais rapidamente e se tornam menos vulneráveis ​​a promessas enganosas.”

O coordenador da Comissão de Prevenção a Fraudes e do Grupo de Ações de Conscientização sobre Golpes e Fraudes da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Marcelo Alves de Souza, explicou que existem basicamente dois tipos de contas laranja, uma utilizada com a anuência do laranja e outra usada a partir de dados de pessoas que não sabem que seus CPFs estão sendo usados como laranja.

O cidadão precisa ficar atento, monitorando e até contestando contas abertas em seu nome. Para isso, basta acessar a página do Registrato, plataforma do Banco Central, que contém todas as contas em seu nome. Além disso, receber cobranças indevidas também pode indicar o uso indevido de seus documentos”, reforçou Souza.

Ele também observou que, no último dia 13 de outubro, entrou em vigor a Resolução 501 do Banco Central. Pela norma, as instituições financeiras e de pagamento, entre outras entidades sob guarda-chuva da autoridade monetária, devem bloquear e recusar transações que envolvam contas com suspeitas de envolvimento em fraudes. O que envolve o uso de ferramentas robustas de detecção e prevenção, automatizadas e capazes de cruzar dados de bancos com informações internacionais.

A governança também ocupa posição de destaque em um levantamento da Qive (antiga Arquivei) para explicar a preferência do uso de boletos em transferências entre empresas (B2B) no país. De acordo com a pesquisa “Panorama de Gestão Fiscal e Financeira 2026” da plataforma de pesquisas e soluções tecnológicas de rotinas com documentos fiscais, as transferências bancárias e com carteiras digitais não passam de 5,4% em transações B2B, enquanto o Pix, apesar da popularização no varejo, não passa de 1,61%.

No caso do recebimento nacional em relação à IA, um levantamento recente do Itaú apontou que os brasileiros aceitaram ajuda da tecnologia, sem abrir mão da palavra final nas finanças, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Fontecointelegraph

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