Ó Ministério Público do Ceará, por meio do Gaecoaconteceu nesta terça-feira (18 de novembro) a Ponto Final da Operação para desarticular um esquema de pirataria digital e lavagem de dinheiro com criptomoedas que atuava em diversos estados.
A ação conta com apoio da Polícia Civil, do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e de grupos especiais de Alagoas e Santa Catarina. Os agentes cumpriram 19 mandatos de busca e apreensão e cinco mandatos de prisão preventiva. Além disso, bloquearam bens e valores estimados em R$ 12 milhões.
As ordens judiciais também determinaram a suspensão das atividades de 14 empresas investigadaso bloqueio de domínios e perfis em redes sociais e a apreensão de criptoativos ligados ao grupo. As diligências ocorreram em Fortaleza, Chorozinho, Eusébio, Maracanaú e Caucaia, além de endereços em Alagoas e Santa Catarina.
Lavagem de dinheiro com criptomoedas
De acordo com o MPCE, a apuração teve início a partir de informações sobre possíveis crimes de violação de direitos autorais, lavagem de dinheiro e organização criminosa praticados pelos operadores das plataformas piratas DezPila, Tyflex e Onlyflix.
Para aprofundar as investigações, a Justiça autorizou quebras de sigilos bancários, fiscais e telemáticos. A análise do material revelou movimentações financeiras expressivas vinculadas à atuação das plataformas.
Os pesquisadores identificaram que o grupo conversão parte dos valores em criptomoedas. Além disso, movimentava os recursos por meio de contas de terceiros usados como laranjas. As empresas de fachada também foram rastreadas e funcionaram como canais para liberação de recursos ilícitos.
Mineração ilegal de criptoativos
Ainda segundo as investigações, o grupo mantinha parcerias internacionais para aquisição e revenda de equipamentos destinados à mineração de criptomoedascom promessas de uso irregular de energia elétrica.
O funcionamento das plataformas segue o padrão de um serviço de TV por assinatura. Ou seja, ofereça acesso a canais, filmes e séries sem autorização. A venda ocorria por páginas hospedadas em serviços como Wix e Hostingeralém de redes sociais, grupos de WhatsApp e canais no Telegram. A monetização utilizou serviços de pagamento on-line e coleta via Pixcom a estrutura permanecendo ativa até o início da operação.
Com base nos elementos reunidos, o MPCE solícito o sequestro de bens, o bloqueio de criptoativos e a retirada de resultados de busca ligados ao esquema, medida que impede o acesso do público às plataformas investigadas.
Conforme o MPCE, o foco das equipes foi Identificar e neutralizar servidores, dispositivos e painéis usados para gerenciar os serviços ilegais. A integra iniciativa de combate à pirataria digital. Ao mesmo tempo, reforçar o esforço institucional para enfraquecer estruturas ligadas ao crime organizado no ambiente virtual.
Fontecriptofacil




