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Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, foi condenado a 19 anos e 2 meses de prisão por chefiar uma organização criminosa que planejava assassinatos de concorrentes, influenciadores digitais e jornalistas na Região dos Lagos. A sentença, que determinou seu retorno a um presídio federal de segurança máxima, expõe a face mais da violência esquema bilionário de criptomoedas.

Em sua sentença, o juiz Nilson Luis Lacerda (1ª Vara Especializada em Organizações Criminosas do TJ-RJ) enfatizou os planos homicidas do grupo. Para o juiz, o Faraó dos Bitcoins usava uma estrutura criminosa como um braço armado para garantir sua hegemonia de mercado, encarando a vida humana como um simples obstáculo a ser eliminado.

Esquema incluía grupo de extermínio

De acordo com a investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado)uma organização criou um grupo armado específico para eliminar qualquer pessoa que represente ameaça aos negócios da GAS Consultoria. A empresa promete rendimentos de 10% ao mês em investimentos em criptomoedas.

As provas demonstradas que Glaidson temia a concorrência de outras empresas do setor que oferecem melhores retornos. Em resposta, determinou a contratação de pistoleiros e a estruturação de um aparato criminoso completo. Utilizando-se de empresas de fachada, ele movimentava recursos, comprava armas, veículos e contratava serviços de espionagem contra as vítimas.

“Conforme amplamente demonstrado nos autos, as suas ordens para eliminar os seus concorrentes, bem como sua intenção de contratar uma equipe de ‘dez cabeças’ para fazer uma ‘limpeza em Cabo Frio’revelam a transformação da organização em um verdadeiro grupo de extermínio a seu serviço”, registrado o magistrado na sentença.

Propina para operação falsa

Além dos planos de assassinato, a sentença também condenou Glaidson e seu braço-direito, Daniel Aleixo Guimarães (o “Dany Boy”), por corrupção ativa. Eles pagaram R$ 150 mil em propina a policiais civis para que realizassem uma operação “fake” contra uma empresa concorrente. O objetivo era contar com uma cobertura midiática para manchar a concorrência da concorrência.

Daniel, condenado a 16 anos e 4 meses de prisão, atuou como intermediário direto no pagamento aos policiais. As conversas interceptadas comprovaram que Glaidson não apenas autorizou o esquemacomo define pessoalmente o escopo da operação fabricada.

Retorno ao Presídio Federal

O juiz determinou o reenvio de Glaidson a um presídio federal de segurança máxima fora do Estado do Rio. Atualmente, ele cumprir pena em Bangu 1para onde a Justiça Federal o transferiu de Catanduvas (PR) para participar de audiências.

A defesa do “Faraó dos Bitcoins” informou que vai requerer a decisãoargumentando que a sentença se baseou em elementos de investigação federal que tramitam em processo independente. Em nota, os advogados afirmam ter “plena confiança nas instâncias superiores” para reformar a decisão.

O caso é um dos desdobramentos da Operação Novo Egito e revela a escalada de violência de um esquema que a Polícia Federal e o MPF investigamm, em outra frente, por uma pirâmide financeira que teria movimentado R$ 38 bilhões e prejudicado centenas de investidores.

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