O Departamento do Tesouro dos EUA impôs avaliações na terça-feira a uma série de banqueiros da Coreia do Norte expatriados, acusados de lavar criptomoedasroubadas para financiar os programas de armas do regime.
Oito desses banqueiros, baseados principalmente na China e na Rússia, foram sancionados por seu papel no suposto esquema de lavagem de dinheiro destinado à Coreia do Norte.
Parte desses fundos foi rastreada até roubos de criptomoedas realizados por hackers norte-coreanos que utilizam ransomware e golpes relacionados à tecnologia da informação, afirmou o Tesouro.
As novas análises também atingiram duas empresas norte-coreanas envolvidas e 53 endereços de carteiras de criptomoedas associadas a acusados de lavagem de dinheiro. Todas as carteiras incluídas na lista negra continham USDT, uma stablecoin popular emitida pela Tether.
“Ao gerar receita para o desenvolvimento de armas de Pyongyang, esses indivíduos ameaçam diretamente a segurança dos EUA e global”, disse John Hurley, subsecretário do Tesouro para terrorismo e inteligência financeira, em um comunicado de terça-feira. “O Tesouro continuará a perseguir os facilitadores e cúmplices por trás desses esquemas para cortar os fluxos de receita ilícita da Coreia do Norte.”
O anúncio de terça-feira informou que a capacidade da Coreia do Norte de contornar as avaliações se deve, em grande parte, ao uso de representantes financeiros investidores internacionalmente, que fornecem lavagem de fundos obtidos principalmente por meio de roubos de criptomoedas em mercados internacionais.
Em menos de dois anos, agentes norte-coreanos conseguiram roubar quase US$ 3 bilhões em criptomoedas globalmente, de acordo com um relatório recente. No início deste ano, hackers do país tentaram roubar US$ 1,4 bilhão em ETH e tokens relacionados em um único ataque rápido à corretora de criptomoedas Bybit.
Um dos principais facilitadores de lavagem desses fundos tem sido as redes bancárias clandestinas chinesas, que frequentemente realizam o trabalho de lavagem de criptomoedas roubadas da Coreia do Norte por meio de métodos complexos, disseram especialistas em segurança de blockchain no início deste ano.
No mês passado, o Departamento de Justiça anunciou a apreensão de US$ 14 bilhões — a maior apreensão de ativos na história do Departamento de Justiça — de uma operação de golpes com criptomoedas no Camboja, que, segundo especialistas, estava intimamente ligada a essas mesmas redes clandestinas chinesas de lavagem de dinheiro.
A ação parece indicar, para os especialistas, que o governo dos EUA está tentando “desmantelar sistematicamente” a rede global interconectada que alimenta o crime com criptomoedas.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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Fonteportaldobitcoin



