Resumo da notícia
-
CryptoQuant revela 3 armas certas para prever quedas e altas do Bitcoin.
-
Indicadores CDD, Whale Ratio e SOPR/NUPL anteciparam o colapso de outubro.
-
As Baleias venderam antes da queda, enquanto os investidores atentos evitaram prejuízos.
O mercado de criptomoedas mostrou em outubro de 2025 que ainda é imprevisível, e brutal para quem ignora os sinais certos.
Em apenas uma semana, o Bitcoin (BTC) despencou de US$ 126 mil para US$ 104 mil, em meio a uma onda global de pânico causada pela nova política comercial dos Estados Unidos.
O episódio que gerou US$ 20 bilhões em liquidações deixou muitos investidores com prejuízos pesados.
Entre os dias 10 e 17 de outubro, o anúncio do presidente Donald Trump de tarifas de importação de 100% sobre produtos chineses deu início a um movimento de fuga de risco global. À medida que as bolsas caíam, o dólar disparou e o Bitcoin perdeu força rapidamente.
No entanto, se isso parecia imprevisível, para a CryptoQuant, foi o exemplo perfeito de como três indicadores on-chain, CDD, Whale Ratio e SOPR/NUPL, podem antecipar movimentos bruscos e proteger o investidor comum de grandes perdas.
A primeira “arma” é o CDD (Coin Days Destroyed), indicador que mede quando moedas antigas e inativas voltam a circular. Em 3 de outubro, esse índice disparou para 4,5 milhões, o maior nível do ano.
Esse salto revelou que baleias e detentores antigos estavam transportando seus Bitcoins para exchanges, um sinal clássico de que o mercado estava próximo de um topo e que vendas massivas estavam prestes a ocorrer. Cinco dias depois, o preço atingiu US$ 126 mil e começou a despencar.
Prevendo o preço do Bitcoin
O segundo alerta veio do Exchange Whale Ratio, métrica que mostra a proporção de grandes transações dentro das corretoras.
Quando esse indicador ultrapassa 0,7, significa que as baleias estão ativas e, normalmente, estão prestes a vender. No auge da turbulência, ele atingiu 0,75, acompanhado do envio de 51 mil BTC por mineradores para as plataformas de negociação.
Essa combinação criou um cenário explosivo com oferta alta, demanda fraca e pressão vendedora crescente. O resultado foi uma correção acelerada e dolorosa.
A terceira ferramenta é o conjunto de índices SOPR (Spent Output Profit Ratio) e NUPL (Net Unrealized Profit/Loss), considerados essenciais para entender o comportamento do investidor médio.
O SOPR caiu abaixo de 1, diminuindo que os comerciantes estavam vendendo no prejuízo, o que costuma marcar o início das fases de capitulação. Já o NUPL recuou de +0,55 para +0,38, mostrando uma transição clara de otimismo para medo. Para a CryptoQuant, esse movimento sinalizou que o mercado havia mudado de sentimento e que o risco de mais quedas era real.
Mesmo assim, a análise mostrou nuances importantes. Apesar da correção, não houve pânico total. Os ETFs de Bitcoin registraram apenas US$ 326 milhões em saídas, um valor modesto diante da volatilidade. Os investidores de longo prazo, por sua vez, mantiveram suas posições e até ampliaram suas carteiras, diminuindo a confiança estrutural na tendência de alta de longo prazo. As baleias, em silêncio, aproveitem o medo para acumular mais moedas.
Stablecoins, outra arma poderosa
Enquanto isso, outro dado chamou a atenção: o fluxo de stablecoins para exchanges disparou. Muitos investidores migraram para USDT e USDC em busca de segurança, elevando o Stablecoin Netflow e derrubando o Stablecoin Supply Ratio. Essa entrega revelou que o mercado adotava uma postura defensiva, típica de momentos de incerteza macroeconômica.
Para a CryptoQuant, o episódio de outubro reforça uma lição fundamental de que o mercado criptográfico não vive isolado da economia real. Ele reage diretamente a fatores políticos, fiscais e geopolíticos.
‘Entender as estatísticas on-chain mostra para onde o capital está indo, enquanto acompanha as notícias para compreender por que ele está se movendo’, disse a empresa.
Fontecointelegraph