<em>Gráfico de 30 dias do par BTC/USD. Fonte: </em><a href="https://coinmarketcap.com/currencies/bitcoin/" rel="nofollow noopener" target="_blank" title="https://coinmarketcap.com/currencies/bitcoin/"><em>CoinMarketCap.</em></a>

Resumo da notícia:

  • Bitcoin não consegue se recuperar do crash e o Uptober se transforma em Downtober.

  • Narrativas otimistas do início da semana perdem força e empurram criptomoedas para o vermelho.

  • RSI aponta manutenção da pressão de venda.

O mercado de criptomoedas respondeu por US$ 3,69 trilhões (-1%) em valor de mercado na manhã desta sexta-feira (31). O Bitcoin (BTC) orbitou US$ 109,9 mil (-0,1%) com domínio elevado a 59,4%, medo dos investidores (31%) e a maioria das altcoins no vermelho.

Pelo gráfico mensal, o Bitcoin acumulava queda de 5,8% a poucas horas do encerramento de outubro. Também era possível perceber que o nível de preço do BTC no momento desta edição estava próximo a um fundo do dia 10 de outubro, quando um crash ocorreu um anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de imposição de tarifas alfandegárias de 100% à China, em resposta a uma decisão de maior controle de exportação de terras raras feita pelo país asiático.

Gráfico de 30 dias do par BTC/USD. Fonte: CoinMarketCap.

Na ocasião do banho de sangue, traders alavancados foram varridos em quase US$ 20 bilhões, stablecoins chegaram a perder paridade com o dólar americano e algumas altcoins usadas como garantias de empréstimos chegaram a zero pelo despejo em algumas exchanges. O episódio, que transformou o Uptober (outubro de alta) em Downtober (outubro de baixa), primeiro mês no vermelho em sete anos, levou alguns especialistas a cogitarem se o mercado de baixa das criptomoedas já começou.

O encerramento do pregão de quinta-feira (30) mostrou as narrativas otimistas desta semana, como a trégua comercial entre EUA e China e o corte de 0,25% na taxa básica anual do Federal Reserve (Fed). O que foi percebido pelo retorno de índices como S&P 500 e Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do Bitcoin, encerrados em respectivos 6.822,34 (-0,99%) e 23.581,14 (-1,57%).

O VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital abertas que compõem o S&P 500, encontrou-se recuado a 16,17 pontos (-4,4%). Apesar disso, os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin em Ethereum (ETH) registraram respectivas saídas líquidas de US$ 488,43 milhões e US$ 184,31 milhões, segundo dados da SoSoValue.

O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontou queda de US$ 158,11 bilhões (-2,6%) no interesse aberto e queda de US$ 343,58 bilhões (-12,1%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas avançou US$ 872 milhões (+0,1%) com manobra para os touros, já que a liquidação de posições compradas (longs) chegou a US$ 752 milhões ante US$ 120 milhões em posições vendidas (shorts).

A 39,60 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas indicava manutenção da pressão de venda. O mapa de calor também destacou diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais garantida à correção, estavam tokens como JELLYJELLY, ZEC, TAO, M, ZEREBRO, AERO, PIPPIN, LAB, HIPPO, PROM, BTCDOM, ICNT, HEI, ESPORTS, SAPIEN, JST, VELVET, BR. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como ENA, IP, EIGEN, GIGGLE, ZORA, S, OG, JTO, FORM, ZBT, 2Z, NIL, COMMON, IO, STX, BROCCOLIF38, ON, SQD.

Mapa de calor de 4 horas do RSI das criptomoedas. Fonte: Moeda de vidro.

O índice altseason, que é referenciado pelas 100 maiores capitalizações de mercado, caiu para 30 pontos, em sinal de perda de terreno das altcoins para o Bitcoin. No grupo das mil maiores altcoins em valor de mercado, o PUMP foi avaliado em US$ 0,0044 (-10%), o 2Z valia US$ 0,18 (-9,7%), o PENGU era trocado por US$ 0,018 (-8,4%), o HYPE era transacionado por US$ 44,12 (-8,2%), o CRV respondia por US$ 0,48 (-7%), o AERO ascendia a US$ 1,08 (+3,7%), o ZEC era negociado por US$ 370,05 (+3,3%) e o DEXE se convertia em US$ 6,62 (+1,8%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o LAB chegou a US$ 0,26 (+95,3%), o HONEY era transacionado por US$ 0,014 (+61,1%), o AURORA estava precificado em US$ 0,096 (+30,9%), o JELLYJELLY valia US$ 0,15 (+19,8%), o MBG era comprado por US$ 0,67 (+17,7%), o PYTHIA valia US$ 0,049 (+16,4%), o AIA se nivelava por US$ 1,22 (+14,4%), o APR pareava US$ 0,30 (+13,4%) e o AI16Z era trocado de mãos por US$ 0,070 (+13,4%).

Entre as novas listas estavam KITE na Binance, NOM na Bitkub, RVV na Phemex, ZBT na Bitvavo, ANT na AscendEX, BELIEVE na LBank, PAYAI na CoinEx, USUAL, LAB, SERV na Biconomy.

No dia anterior, o Fed frustrou o Bitcoin e a pressão vendedora derrubou touros de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Fontecointelegraph

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