Escritório de criptomoedas. Foto: Sergei Tokmakov.

Um relatório anual da a16z publicado nesta quarta-feira (22) aponta que as criptomoedas saíram de sua adolescência e estão entrando em sua fase adulta.

Dentre os destaques estão a entrada de grandes instituições como Visa, BlackRock, Fidelity e JPMorgan, bem como mais de US$ 175 bilhões aplicados via ETFs.

Do lado on-chain, o texto aponta que blockchains estão processando 3.400 transações por segundoum crescimento de 100 vezes nos últimos cinco anos. Já como moedas estáveis movimentaram US$ 46 trilhões (bruto) ou US$ 9 bilhões (ajustados) anualmente, rivalizando com Visa e PayPal.

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Criptomoedas estão entrando em sua fase adulta, diz a16z

Iniciando o relatório, a a16z aponta que o mercado de criptomoedas já passou pelos ciclos de ICOs, DeFi, NFT, ETFs e memecoins. Indo além, os analistas apontam que estamos entrando na fase das stablecoins e da mudança regulatória.

Bitcoin continua sendo o líder, uma “Âncora da economia moderna”que às vezes é como um porto seguro, outras como um ativo de risco.

“Estimamos que o número de usuários ativos de criptomoedas tenha crescido para entre 40 a 70 milhões.”

Relatório aponta que 716 milhões de pessoas possuem criptomoedas. Fonte: a16z/Reprodução.

Uma das explicações para estes números é uma entrada de grandes jogadores. Dentre os destaques, a a16z faz menção à BlackRock, Fidelity, Robinhood, PayPal, Mastercard, Shopify, JPMorgan, Morgan Stanley e Visa.

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Relatório dá destaque para fluxo de ETFs de Bitcoin e Ethereum, hoje com US$ 175 bilhões somados. Fonte: a16z.

Somado a isso, como empresas de tesouraria já acumularam mais de 3,5% da oferta total de Bitcoin e Ethereum, bem como outros 2% de Solana. Os destaques são Estratégia (NASDAQ: MSTR), BitMine (NYSE: BMNR) e Fordward (NASDAQ: FORD).

Stablecoins assumem papel fundamental na adoção das criptomoedas

Um dos setores de maior crescimento nos últimos anos foi o de moedas estáveis. Em detalhes, a a16z aponta que o número de menções a stablecoins em pedidos à SEC disparados em 2025.

Nomes como Visa, Citi e Paypal são gigantes específicos no potencial deste mercado.

“Stablecoins são uma das formas mais baratas de enviar dólar — em menos de 1 segundo dólar, por menos de 1 centavo”escreveu a16z.

Quem mais está se beneficiando disso é o próprio governo americano. Isso porque 99,8% das stablecoins do mercado são indicadas em dólar, aumentando seu uso global e casos de uso.

Além disso, os emissores dessas moedas já estão entre os 20 maiores detentores de títulos do Tesouro americano, ultrapassando países como Arábia Saudita, Coreia do Sul e Israel.

Somadas, gigantes como Tether e Circle detêm quase o mesmo tanto de títulos do Tesouro americano que o Brasil. Fonte: a16z/Reprodução.

Outro gráfico que pode ser acompanhado em tempo real mostra que o volume de transações de stablecoins continua crescendo para novas máximas mês a mês.

Ethereum e Tron continuam sendo as duas principais redes, mas a variedade de opções segue crescendo. Fonte: a16z/Reprodução.

Por outro lado, os NFTs caíram no esquecimento. Após registrarem um volume de US$ 16,8 bilhões em janeiro de 2022, apenas US$ 537 milhões foram registrados em setembro deste ano.

DeFi e RWA continuam sendo duas narrativas fortes, diz a16z

Outros dois setores em destaque são DeFi (finanças descentralizadas) e RWA (ativos do mundo real). No primeiro caso, um Hiperlíquido é o principal exemplo de crescimento, registando lucros anuais superiores a US$ 1 bilhão.

Em RWA, os principais usos são a tokenização de crédito privado, dívida americana e commodities.

BlackRock e Franklin Templeton são destaques entre os emissores de RWA. Ethereum aparece como rede preferida. Fonte: a16z/Reprodução.

Outros setores considerados são DePIN (rede descentralizada de estrutura física), memecoinse mercados de previsão.

Outra página mostra um forte interesse em tecnologias como IA (inteligência artificial), ZK (Conhecimento Zero), ETEs (ambientes de execução confiáveis), NFTs, MPC (computação multipartidária segura), FHE (criptografia homomórfica completa) e DAOs (organizações autônomas descentralizadas).

Estudo mostra um grande interesse em IA e outras tecnologias emergentes entre desenvolvedores. Fonte: a16z/Reprodução.

Blockchains estão processando mais de 3.400 transações por segundo

Embora o Bitcoin e outras criptomoedas mais antigas sejam famosos por sua falta de escalabilidade, novas soluções de primeira e segunda camada estão permitindo um crescimento de atividade on-chain.

Embora menos de 25 transações por segundo (TPS) fossem registradas em 2020, agora são mais de 3.400 TPS.

Como comparação, a Nasdaq processou 2.400 TPS durante o horário de funcionamento e cartões de crédito outros 24.500 TPS.

Comparativo de transações por segundo entre criptomoedas e outras tecnologias. Fonte: a16z/Reprodução.

Ao mesmo tempo, o estudo aponta para uma queda nas taxas de transações.

Outro ponto considerado é a privacidade. Segundo a a16z, a necessidade de privacidade é “mais urgente do que nunca”mas essa busca começou há décadas.

Relatório mostra que busca por soluções de privacidade digital começou na década de 80. Fonte: a16z/Reprodução.

Fonteslivecoins

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