Resumo da notícia:

  • Bruno Barino, CEO da BlackRock no Brasil, afirma que os criptoativos farão parte dos portfólios de todos os investidores brasileiros.

  • O executivo atribuiu essa tendência ao sucesso dos ETFs de criptomoedas, que oferecem maior segurança e conformidade regulatória aos investidores.

  • O Brasil é pioneiro mundial em ETFs de criptografia, graças à agenda pró-inovação dos reguladores locais.

A adoção de criptoativos no Brasil está em alta entre investidores de todos os perfis, afirma Bruno Barino, CEO da BlackRock no país.

“No Brasil ainda existe uma introdução para os fundos de pensão (investir em criptoativos), mas a gente vê demanda desde o varejo até o cliente de tesouraria do banco”, declarou o executivo em entrevista à Folha de São Paulo.

“Então a gente vê demanda através de todos os segmentos para esse tipo de solução”, acrescentou.

A crescente incorporação de criptoativos a portfólios de investimento não apenas de brasileiros, mas também de americanos deve-se em grande parte aos ETFs (fundos de índice negociados em bolsa) como o IBIT (iShares Bitcoin Trust) da BlackRock.

Lançado em janeiro de 2024, o ETF de Bitcoin da BlackRock se aproxima dos US$ 100 bilhões em ativos sob gestão. O IBIT é o fundo de índice mais lucrativo da história do gestor, com uma receita de US$ 25 milhões em taxas. O IBIT é negociado na B3 como um BDR sob o ticker IBIT39 desde fevereiro de 2024.

No entanto, o Brasil saiu na frente dos Estados Unidos neste segmento. O país é pioneiro no mercado de fundos de índice negociados em bolsas atreladas a criptoativos. O Hashdex Nasdaq Crypto Index (HASH11) foi lançado em abril de 2021 na B3 e atualmente possui US$ 3,7 bilhões em ativos sob gestão.

No mesmo ano, a Hashdex e a QR Asset lançaram ETFs de Bitcoin (BTC) e Ether (ETH) à vista na bolsa brasileira. Produtos similares foram aprovados para negociação nos EUA em 2024.

Barino atribuiu o protagonismo do Brasil nesse mercado à agenda pró-inovação dos órgãos reguladores locais:

“Acho que o Banco Central, desde a época de Roberto Campos, tem feito um trabalho muito bom de estar na frente de inovações digitais.”

ETFs facilitam exposição ao Bitcoin e outros criptoativos

Barino argumenta que os ETFs oferecem maior segurança, conformidade e facilidade para negociar, e atraem até mesmo usuários com experiência no mercado de criptoativos:

“O que vimos foi que, nos primeiros meses, cerca de 70% dos investidores do IBIT já atuavam no mercado criptográfico e decidiram migrar para o ETF.”

Segundo Barino, os criptoativos não mantêm liderança direta com outros investimentos financeiros. Mesmo a partir de uma pequena alocação de apenas 2%, o potencial de retorno é relevante e se sobrepõe aos riscos e à volatilidade passiva aos ativos digitais:

“Com a evolução ao longo do tempo, veremos uma adoção cada vez maior de criptoativos na carteira dos clientes, pois eles não têm clareza com as demais classes de ativos. Por isso, naturalmente, serão incluídos na estratégia de investimento de diversos setores.”

O discurso de Barino está alinhado ao de Larry Fink, CEO da BlackRock. Na semana passada, Fink reafirmou que os criptoativos têm um papel fundamental em um portfólio diversificado de investimentos, conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil:

“Há um papel para os criptoativos, da mesma forma que há para o ouro; é um ativo alternativo. Para quem busca diversificação, não é um mau ativo, mas não acredito que deva representar uma grande parte do portfólio de investimentos.”

Fontecointelegraph

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