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Após um início de semana volátil, o Bitcoin inicia a quarta-feira (17) em estabilidade, sem perdas ou ganhos registradores nas últimas 24 horas, sendo negociado a US$ 86.413. Em reais, o ativo é cotado a R$ 475.779, segundo dados do Portal do Bitcoin.

As criptomoedas seguem reagindo a fatores macroeconômicos, enquanto as novidades do próprio setor ficam mais discretas neste período de festas de fim de ano.

Os ativos saíram do campo negativo na tarde de ontem, após a divulgação dos dados de emprego de outubro e novembro pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho (Bureau of Labor Statistics) dos EUA. O relatório mostrou aumento na criação de vagas, ao mesmo tempo em que a taxa de desemprego alcançou 4,6%, o maior nível em quatro anos.

O conjunto de dados mistos eleva a incerteza sobre os próximos passos da política monetária dos EUA. Agora, os investidores se posicionam com cautela à espera de novos indicadores de inflação e das decisões de instituições como o Banco Central Europeu e o Japão, em busca de maior clareza sobre o cenário macroeconômico global.

“O Bitcoin apresenta uma expectativa de curto prazo neutra a ligeiramente negativa”, currículo André Franco, analista da Boost Research. “O ambiente de incerteza macroeconômica, marcado por dados mistos de emprego nos EUA, políticas monetárias ambientais divergentes entre os principais bancos centrais e preocupações geopolíticas elevadas, tende a reduzir o apetite por ativos de risco. A permanência do BTC abaixo de US$ 90.000 reflete essa postura mais cautelosa do mercado.”

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De olho no Japão

O principal evento que deve agitar o mercado nesta semana é a expectativa de que o Banco Central do Japão (BoJ) promova um novo aumento na taxa básica de juros na reunião marcada para sexta-feira (19).

A relação entre a política monetária japonesa e o mercado de criptomoedas passa por um complexo arranjo de fluxos financeiros globais. O Japão é um dos principais polos do chamado transportar comércioestratégia na qual investidores tomam empréstimos em países com juros baixos (como o Japão) para aplicar recursos em mercados com retornos mais elevados (como os EUA).

Esse mecanismo se tornou um negócio de escala trilionária, envolvendo países, fundos e grandes investidores institucionais. Quando os juros sobem no Japão, a atratividade dessa estratégia diminui, forçando o fechamento de posições e o rebalanceamento de carteiras.

“Os traders vão sacar títulos de onde ela está mais disponível para fechar esses empréstimos. O mercado criptográfico é um dos mais líquidos. Por isso, os juros japoneses, nesse caso específico, acabam impactando diretamente os criptoativos”, disse Rony Szuster, head de research do Mercado Bitcoin (MB).

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Em meio a um cenário macroeconômico incerto, a liquidez global diminui e os investidores tendem a reduzir a exposição a ações de risco, como as criptomoedas. Por isso, o preço do Bitcoin pode oscilar ao longo da semana caso a alta de juros no Japão se concretize.

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Fonteportaldobitcoin

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