<em>Divulgação. Fonte: Base Brasil (X)</em>

Resumo da notícia:

  • A Base, maior L2 da Ethereum em valor total bloqueado (TVL), quer se tornar o hub da economia descentralizada no Brasil.

  • Peça central da estratégia, o aplicativo da Base é uma carteira desenvolvida para potencializar a economia criadora com recursos de negociação, DeFi, redes sociais, jogos e IA.

“A Base é para todos”, diz o mantra da blockchain reforçada pela Coinbase, mas o Brasil ocupa um lugar de destaque na estratégia de expansão global da rede líder em valor total bloqueado (TVL) entre as redes de camada 2 (L2) da Ethereum (ETH), afirma Guilherme R. Bettanin, em entrevista ao Cointelégrafo Brasil.

“O Brasil é um mercado prioritário para a Base devido à sua grande população jovem, conectada e tecnologicamente engajada.”

Bettanin assumiu a carga de Country Lead da Base em junho deste ano com a missão de formar uma comunidade de usuários e desenvolvedores no país explorando a sinergia da rede com os produtos da Coinbase e o lançamento do novo aplicativo da Base, uma carteira autocustodial que incorpora aplicações sociais a ferramentas de negociação e DeFi (finanças descentralizadas) com foco na monetização de conteúdo.

Embora o Brasil figure entre os cinco países com maior nível de adoção de criptomoedas no mundo, a maioria dos usuários utiliza exchanges centralizadas para negociar e custodiar criptomoedas.

A estratégia de crescimento da Base no Brasil está focada em três frentes. Em primeiro lugar, o objetivo é trazer novos aplicativos para a rede, incentivando os desenvolvedores locais. “O sucesso dos aplicativos significa a atração de mais usuários na rede”, afirma Bettanin.

As iniciativas para fomentar a criação de novos produtos incluem a promoção de hackathons, programas educacionais para viabilizar a transição de programadores da Web 2 para a Web3 e sessões interativas de orientações com acompanhamento personalizado.

“Para os desenvolvedores, meu conselho é simples: construam e vocês serão recompensados”, recomenda o country lead. “A Base valoriza os desenvolvedores que criam produtos que as pessoas realmente precisam, e, além de estarmos aqui para apoiá-los, estamos atentos a tudo que vem sendo construído.”

Divulgação. Fonte: Base Brasil (X)

A integração com a plataforma da Coinbase, maior exchange de criptomoedas dos Estados Unidos, é um diferencial em relação a outras L2 da Ethereum, com destaque para Bettanin:

“Os desenvolvedores que constroem na Base têm acesso a um conjunto de ferramentas que os auxiliam em todas as etapas do processo. Desde a Conta Base, um sistema universal de identidade na rede projetado para simplificar as interações dos usuários em todo o ecossistema, até o MiniKit, que permite a implementação de miniaplicativos com poucas linhas de código, com potencial de alcançar milhões de usuários por meio do aplicativo da Base.”

Aplicativo da Base é peça central no ecossistema da rede

O lançamento do novo aplicativo da Base é um elemento central na estratégia da rede para engajar os usuários. Bettanin destaca que o foco na economia criadora (economia de criadores) e em aplicações sociais descentralizadas invertem a lógica da Web 2, em que o usuário é o produto:

“No aplicativo da Base, você é dono do que cria e ganha com o que faz. É possível gerar renda com publicações em um feed social aberto, enviar e receber dinheiro em qualquer lugar do mundo, trocar mensagens criptografadas com amigos e usar miniaplicativos para investir, interagir com jogos e inteligência artificial, tudo isso diretamente no feed ou no chat.”

Segundo Bettanin, somente as redes sociais descentralizadas são capazes de fomentar uma economia criadora sustentável, em que qualquer pessoa pode monetizar sua produção de conteúdo, explorando diversos modelos e plataformas.

Divulgação. Fonte: Aplicativo Base (X)

Com base em sua experiência prévia no mercado criptográfico, Bettanin afirma que uma trajetória de sucesso no ecossistema Web3 depende do valor gerado por iniciativas individuais ou coletivas:

“Quando você joga um jogo de soma positiva, contribuindo de alguma forma para o crescimento do ecossistema, você será notado.”

O Base App atualmente está em fase Beta, disponível apenas para usuários convidados, e já conta com 1,2 milhão de usuários na lista de espera. O lançamento oficial deverá ocorrer nos próximos meses.

Stablecoins do real podem se tornar novo vetor de adoção

O terceiro e último estágio da estratégia da Base tem como alvo os usuários finais, que ainda não fornece experiências divertidas, acessíveis e simples de usar no ecossistema Web3.

No ambiente exclusivamente financeiro, a aplicação de aplicações externas ao uso cotidiano moedas estáveis “É vista como crucial para o sucesso e a escalabilidade dessa economia descentralizada”, diz Bettanin.

Embora as moedas estáveis Representa cerca de 90% do volume de transações de criptoativos no Brasil, esse mercado é dominado por ativos atrelados ao dólar. Com a futura regulação das operações de câmbio, incluindo possíveis novas regras tributárias, Bettanin acredita que as melhores oportunidades no setor estão no mercado de câmbio ainda incipiente moedas estáveis atreladas ao real:

“Acreditamos que, cada vez mais, stablecoins atreladas a moedas locais terão uma fatia desse volume. Elas são mais intuitivas e convenientes tanto para desenvolvedores quanto para usuários locais.”

Conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil, as moedas estáveis lastreadas no real podem se beneficiar da expansão do mercado de tokenização de ativos do mundo real (RWA) no país. Atualmente, o setor possui mais de R$ 5 bilhões em ativos na rede.

Fontecointelegraph

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