Brasil ultrapassa US$ 1 bilhão em ativos tokenizados, aponta novo relatório

O Banco Central do Brasil (BC) distribuiu novas e definiu critérios de relatório para todas as transações de câmbio que envolvem criptomoedas, conforme uma regulamentação publicada no último dia 19. Instituições financeiras e provedoras de serviços de criptografia devem agora fornecer dados abrangentes sobre essas operações diretamente à autoridade monetária.

A medida visa o cenário regulatório para os ativos digitais no mercado de câmbio brasileiro. Além disso, a nova norma consolida regras previstas anteriormente e cria um arcabouço mais claro para a indústria de criptomoedas no Brasil.

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O que as novas regras de relatório de criptografia implicam

Sob a nova diretriz, a Instrução Normativa BCB Nº 693, o Banco Central busca aumentar sua supervisão sobre a intersecção crescente entre ativos digitais e o sistema financeiro tradicional. A aplicação regulamenta-se a uma vasta gama de entidades que operam no país, incluindo bancos, corretoras de câmbio, corretoras de valores e outros prestadores de serviços de ativos virtuais.

Essas instituições agora estão obrigadas a relatar vários tipos específicos de atividades. Os eventos reportáveis ​​incluem o uso de criptografia para pagamentos ou transferências internacionais e o carregamento ou descarregamento de ativos virtuais em cartões de pagamento internacionais. As regras também abrangem transferências de criptomoedas para carteiras digitais de autocustódia.

Para cada transação, os dados informados devem ser completos. As informações úteis incluem o valor, os dados e o propósito da transação. As instituições também devem identificar as contrapartes e os países de destino envolvidos nas operações. Para transferências envolvendo carteiras de autocustódia, a identificação do proprietário da carteira passa a ser uma etapa obrigatória.

Além do relatório de transações individuais, o Banco Central exige um resumo mensal. Este relatório deve detalhar o volume total de compra, venda e troca de stablecoins, que são ativos digitais normalmente atrelados a uma moeda fiduciária.

Impacto no mercado e possíveis mudanças tributárias

A nova instrução normativa traz claramente ao consolidar os requisitos de três regulamentações acima emitidas em 10 de novembro de 2025. O mercado respondeu positivamente a uma novidade fundamental nas novas regras. O Banco Central revogou uma decisão anterior e controversa de transações com carteiras de autocustódia, uma decisão bem recebida pela comunidade criptográfica local.

No entanto, o aumento da transparência pode trazer implicações financeiras para os usuários. Especialistas sugerem que o detalhamento do relatório abre o caminho para a possível aplicação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações de câmbio relacionadas a criptografia. Esse imposto é comum em outras áreas do sistema financeiro tradicional, mas não tem sido aplicado de forma consistente aos ativos digitais.

O governo federal estaria considerando acabar com as isenções de IOF existentes para esses ativos. Portanto, as transações envolvendo stablecoins poderiam se tornar um alvo principal para tal imposto no futuro próximo. Esse desenvolvimento sinaliza um futuro mais robusto e supervisionado para o mercado de criptografia no Brasil, alinhando-o mais estreitamente aos sistemas financeiros independentes.

Fontebeincrypto

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