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Ó Banco Central do Brasil (BCB) quer limitar a exposição de bancos e instituições financeiras ao Bitcoin e outros criptoativos. Na quarta-feira (29), a autoridade monetária abriu a Consulta Pública nº 126/2025. Ela propõe um novo marco prudencial para empresas que lidam com ativos digitais. A medida busca alinhar o Brasil aos padrões de Basileia e criar regras específicas para o tratamento de riscos ligados à negociação e custódia de criptomoedas.

De acordo com o BCB, o objetivo é garantir estabilidade financeira, segurança regulatória e evitar que o sistema bancário brasileiro sofra com a tendência típica do mercado criptográfico. As propostas, inspiradas nas diretrizes do Comitê de Basileia eu faço Fundo Monetário Internacional (FMI)devem entrar com vigor entre 2026 e 2027com uma fase de transição gradual.

O texto da consulta estabelece uma classificação prudencial para os ativos digitais. Ó Banco Central divide os ativos digitais em quatro categorias: Subgrupo 1A (ativos tradicionais tokenizados), Subgrupo 1B (stablecoins lastreadas) e Subgrupo 2A (ativos que não cumprem os critérios anteriores, mas podem servir como hedge). Além do Subgrupo 2Bque engloba como criptomoedas sem lastrocomo o Bitcoin.

Nessa estrutura, o Bitcoin é considerado um ativo de alto risco. Mesmo que cumpra certos critérios de liquidez e capitalização de mercado, como ter valor médio acima de R$ 50 bilhões e volume diário negociado acima de R$ 250 milhões, ele continua dentro da categoria de maior exigência de capital.

A regra é que instituições financeiras não poderão ter 100% de suas reservas em Bitcoin. Além disso, não pode nem concentrar parte relevante de seu patrimônio nesse tipo de ativo. Isso porque, segundo o artigo 19 da minuta, se a exposição a criptoativos ultrapassa 1% do capital principal da instituição, todos esses ativos passam automaticamente para a categoria mais arriscada (Subgrupo 2B).

Banco Central do Brasil ‘impede’ reservas em Bitcoin

A nova norma cria uma barreira econômica quase intransponível. Para cada R$ 1,00 investido em Bitcoina instituição precisa manter R$ 12,50 em regulador de capital — um fator chamado de RWA2B. Na prática, isso torna inviável que bancos e instituições mantêm grandes posições em criptoativos.

Com essa regra, o Banco Central impor um limite indireto, mas eficaz. Mesmo sem uma concessão explícita, o custo regulatório é tão alto que desestimula qualquer tentativa de concentração de capital em Bitcoin. Assim, o recado é evidente: o criptoativo deve permanecer fóruns das carteiras principais das instituições regulamentadas.

Apesar do impacto, a medida não empresas não regulamentadas pelo BCcomo um Méliuz sim LaranjaBTC. A norma se aplica apenas às instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central.

Um cálculo mostra a dimensão do impacto: se a Méliuz fosse obrigada a seguir as novas regras, teria de manter R$ 7,43 milhões em capital regulatório para cada Bitcoin. Com 275 BTC na caixaa empresa precisaria de R$ 2,04 bilhões para atender à exigência.

Uma nova regulamentação deve entrar em vigor em 1º de julho de 2026com transição até 1º de janeiro de 2027. UM sociedade poderá enviar contribuições até 30 de janeiro de 2026 pelo portal Participa + Brasil e pelo site do Banco Central.

Ó diretor substituto de Regulação do BC, Paulo Picchettiafirmou que o marco busca fortalecer a transparência e a previsibilidade das normas prudenciais. De acordo com ele, o país precisa equilibrar inovação financeira e responsabilidade regulatóriasem comprometer a solidez do sistema.

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Fontecriptofacil

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