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Resumo da notícia

  • B3 lança BDR lastreado no ETF Global X Blockchain, ampliando o acesso a empresas globais de blockchain.

  • Investidores brasileiros agora podem negociar recibos de mineradoras como Riot, Hut 8, Core Scientific e Coinbase.

  • Novo ativo BKCH39 democratiza a exposição internacional ao setor criptográfico pela infraestrutura da bolsa brasileira.

A Bolsa de Valores do Brasil, por meio do Banco B3, anunciou o lançamento de um programa não patrocinado de BDRs últimos no Global X Blockchain ETF (BKCH), fundo americano negociado na Nasdaq e composto por algumas das maiores empresas de mineração de Bitcoin e infraestrutura blockchain do mundo.

O novo fundo, identificado pelo código BKCH39, vai permitir que os investidores nacionais apresentem algumas das maiores empresas de mineração de Bitcoin do mundo e também exchanges globais já que o ETF Global X Blockchain é composto por empresas como Coinbase, BitMine, Hut 8, Cipher Mining, TeraWulf Inc, Core Scientific, Riot Platforms, entre outras.

De acordo com a B3, o BDR segue as regras da Instrução CVM 359 e da Resolução 3/2020, o que permite a negociação na B3 sem a participação da gestora do ETF. Cada cota do fundo americano equivale à emissão de 12 BDRs no Brasil.

Novo BDR no Brasil

Além disso, a estrutura operacional do programa define o Banco B3 como instituição depositária local, enquanto a custódia das cotas do ETF original permanece sob responsabilidade do Citibank, em Nova York. O documento reforça ainda que o programa não constitui oferta pública internacional, mas amplia as alternativas de diversificação via mercado local.

Qualquer investidor, residente ou não residente, pode negociar os BDRs, desde que atenda aos critérios tradicionais de enquadramento de instituições. Os custos incluem taxa fixa de US$ 15 por emissão ou cancelamento e um percentual variável sobre o volume negociado. Os dividendos distribuídos pelo ETF são repassados ​​ao investidor brasileiro já descontados dos impostos retidos nos Estados Unidos.

B3 e ações digitais

A faz iniciativa parte do plano de expansão da B3 para o mercado de ativos digitais inclusive a possível migração da bolsa para blockchain com a aprovação da “135 Light” pela CVM.

Atualmente a Bolsa já oferece produtos de negociação de criptoativos como Bitcoin, Ether, Solana e XRP diretamente em sua plataforma, além de ETFs e BDRs relacionados a criptomoedas, ampliando a gama de opções para investidores brasileiros.

Em 2025 e 2026, a B3 intensificou seus esforços em tecnologia e inovação e vem trabalhando com iniciativas de tokenização já em operação, como plataformas para emissão e negociação de ativos digitais e sistemas que permitem registrar e transferir títulos através da tecnologia blockchain. Além disso, pretendo lançar uma stablecoin própria em 2026.

A B3 também lançou contratos futuros de criptomoedas, como Ethereum, Solana e Bitcoin, oferecendo instrumentos regulados para investidores que desejam expor a esses ativos sem precisar possuir as criptomoedas diretamente.

Outro passo importante foi a criação da B3 Digitas, uma divisão dedicada a construir infraestrutura para o ecossistema de criptoativos. Essa unidade oferece soluções técnicas e operacionais que conectam o mercado tradicional de capitais ao digital, facilitando a emissão, negociação, liquidação e custódia de ativos digitais.

Fontecointelegraph

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