O Banco Central do Brasil voltou a comprar ouro nos últimos meses após ficar quatro anos sem aquisições do metal precioso. Em setembro e outubro, o país comprou 31 toneladas de ourosegundo o relatório mais recente do World Gold Council (WGC).
Em setembro, o Brasil comprou 15 toneladas de ourosua primeira compra significativa desde 2021, elevando suas reservas oficiais para aproximadamente 145 toneladas. Já em outubro, mesmo com o ouro bastante valorizado, o país voltou ao mercado e outras adicionadas 16 toneladas ao estoquecolocando o estoque atual em 161 toneladas.
Esse retorno do Brasil se insere em um movimento global de acumulação intensa por parte dos bancos centrais. Apenas em outubro, os bancos centrais ao redor do mundo gastaram 53 toneladas de ouro em suas reservas, um aumento de 36% na comparação mês a mês.
Embora a tendência seja global, a maior parte da acumulação é especializada em poucos países, especialmente economias emergentes que buscam se proteger de choques cambiais e riscos geopolíticos.
A Polônia, por exemplo, foi um dos destaques de 2025, elevando suas reservas para mais de 531 toneladas. Outros países, como Uzbequistão, Indonésia e República Tcheca, também mantiveram um ritmo consistente de compras ao longo do ano, reforçando a percepção de que o ouro reassumiu um papel estratégico na política monetária internacional.
O ouro do Brasil
No caso brasileiro, a retomada pode refletir tanto uma estratégia de diversificação, uma redução da dependência do dólar, quanto uma resposta preventiva ao cenário de instabilidade global. Uma pesquisa mais recente do WGC mostra que cresceu o número de bancos centrais que gerenciam ativamente suas reservas de ouro e que a gestão de risco passou a ser um dos principais motivadores nas decisões de compra, superando até a busca por retorno financeiro.
Essa onda de compras acontece em meio a uma forte valorização do ouro no mercado internacional. Em 2025, o metal ultrapassou máximas históricas, chegando a negociar acima de US$ 4.300 por onça em determinados momentos.
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A alta foi impulsionada pela combinação de incertezas macroeconômicas, tensão geopolítica e pela própria demanda crescente dos bancos centrais, que se tornou um dos principais pilares do mercado de ouro nos últimos anos.
Mesmo com o preço elevado, o Brasil optou por ampliar sua posição, reforçando a confiança no metal como proteção em tempos de volatilidade, apesar das discussões sobre passar a contar também com uma reserva de Bitcoin para proteção também.
Recentemente, o deputado Eros Biondini (PL-MG), autor do projeto para criar uma Reserva Estratégica de Bitcoin para o Brasil, afirmou ao Portal do Bitcoin que o projeto avança lentamente no Congresso e que ele acredita que, mesmo enfrentando resistência política, a iniciativa pode ser aprovada até 2027.
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Fonteportaldobitcoin



