Fernando Martines avatar

UM A Justiça da Argentina acolheu o pedido de extradição para o Brasil do casal criador da pirâmide financeira Braiscompany, Antônio Neto e Fabrícia Farias. Essa decisão foi tomada no dia 26 de novembro e os Réus ainda possuem a possibilidade de apresentar um recurso.

Segundo o G1, a Justiça Federal da Paraíba confirmou estas informações e detalhou ainda que a decisão de extradição foi feita pelo Tribunal Nacional Criminal e Correcional Federal da Argentina. A corte estrangeira inclusive determinou que o tempo de prisão do casal no país seja descontado de uma eventual pena no Brasil.

Leia também: “Estou precisando do seu passaporte”: veja como os donos da Braiscompany escaparam da Polícia Federal

Antônio Neto e Fabrícia Farias fugiram do Brasil após a Braiscompany pararem de pagar os lucros prometidos aos clientes e as investigações das autoridades terem se intensificado. Depois de um tempo foragidos, foram presos na Argentina em março do ano passado. Logo em sequência foram autorizadas a permanência em prisão domiciliária no país vizinho enquanto aguardavam o depositador do processo.

Os advogados do casal já confirmaram ao G1 que irão solicitar a decisão da Justiça argentina.

O caso Braiscompany

A Justiça Federal condenou em fevereiro do ano passado Antônio Neto a 88 anos e 7 meses de prisão, e Fabrícia Farias, a 61 anos e 11 meses. A decisão do juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande Vinícius Costa Vidor, ainda conta com as reportagens de mais oito pessoas ligadas ao caso.

A Braiscompany era uma empresa que prometia retornos fixos aos seus clientes por meio do suposto investimento em criptomoedas. O esquema pedia que uma pessoa comprasse valores em Bitcoin e os enviasse para uma carteira da empresa. A estimativa das autoridades brasileiras é que a empresa tenha deixado um prejuízo de R$ 1,1 bilhão a 20 mil vítimas.

Em dezembro de 2022, a Braiscompany parou de pagar os clientes. Em fevereiro de 2023, a pirâmide ruiu: o Ministério Público Federal abriu um processo penal contra Antônio e Fabrícia, e a Justiça autorizou pedidos de prisão preventiva que foram cumpridos na Operação Halving em fevereiro. O casal, no entanto, fugiu.

Em março de 2024, foram presos na Argentina. O casal estava morando junto com seus filhos em um condomínio fechado chamado Haras Santa María na cidade de Escobar, local onde foram presos em uma operação da Interpol.

Fabrícia conseguiu o direito de responder na prisão domiciliar e, posteriormente, o benefício também foi obtido por Antônio. O casal teve um pedido de Habeas Corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça. Além disso, teve uma filha nascida na Argentina neste período que está no país.

Quer fazer uma denúncia? Envie um e-mail para (e-mail protegido)



Fonteportaldobitcoin

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *