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O Presidente da Polónia vetou um polémico projeto de lei que visava estabelecer regras rigorosas para o mercado de criptoativos, na sequência de múltiplas preocupações de um êxodo de startups, “excesso de regulamentação” do setor e sufocamento da inovação do mercado.

Presidente da Polônia veta projeto de criptografia divisivo

Na segunda-feira, o presidente da Polônia, Karol Nawrocki, recusou-se a assinar uma legislação de mercado de criptografia devido a preocupações de que ela pudesse representar uma ameaça real às liberdades dos poloneses, à estabilidade do Estado e à inovação do mercado.

Numa declaração oficial, o gabinete do presidente anunciou a decisão de Nawrocki de vetar a Lei do Mercado de Criptoativos, introduzida em junho, para evitar a “regulação excessiva” e o abuso da “bagunça jurídica” proposta pelo governo polaco.

Conforme relatado pelo Bitcoinist, a comunidade criptográfica da Polônia já havia levantado preocupações sobre a legislação em setembro, observando que o projeto de lei excedia os requisitos regulamentares mínimos da União Europeia (UE) e poderia levar pequenas empresas e startups ao exterior.

Notavelmente, o texto do projeto de lei exigia que todos os provedores de serviços de ativos criptográficos obtivessem uma licença da Autoridade Polonesa de Supervisão Financeira (KNF) para operar no mercado. Também propôs multas pesadas e potencial pena de prisão para os participantes que violassem a lei.

Rafal Leśkiewicz, secretário de imprensa do presidente, listou no X três razões principais para a decisão de Nawrocki de rejeitar o projeto. Ele afirmou que a legislação corre o risco de abuso de poder e exagero, já que algumas disposições permitem que o governo feche sites de empresas que oferecem serviços de criptografia “com um único clique”.

“Isto é inaceitável. A maioria dos países da União Europeia utiliza uma lista simples de avisos que protege os consumidores sem bloquear sites inteiros”, observou.

Além disso, a dimensão do regulamento e a falta de transparência corriam o risco de excesso de regulamentação, observando que países como a República Checa, a Eslováquia e a Hungria implementaram quadros concisos e abrangentes. Entretanto, o texto da Polónia ultrapassa a marca das cem páginas.

Ele argumentou que “o excesso de regulamentação é um caminho direto para levar as empresas ao estrangeiro – para a República Checa, Lituânia ou Malta – em vez de criar condições para que ganhem dinheiro e paguem impostos na Polónia”.

Por último, o Secretário de Imprensa listou como questão o valor das taxas de supervisão, afirmando que o governo as fixou num nível que teria impedido o desenvolvimento de pequenas empresas e startups, favorecendo empresas e bancos estrangeiros. Para ele, “isto é uma inversão de lógica, matando o mercado competitivo e representando uma séria ameaça à inovação”.

Comunidade elogia a ‘decisão necessária’

Leśkiewicz enfatizou que a regulamentação é necessária, mas acrescentou que deve supervisionar o mercado de uma forma que seja “razoável, proporcional e segura” para os utilizadores, em vez de exagerar e potencialmente prejudicar a economia polaca.

“O governo teve dois anos para preparar um projeto de lei alinhado com o regulamento europeu MiCA sobre o mercado de criptoativos na União Europeia. Em vez disso, produziu uma confusão jurídica que prejudica os polacos e as empresas polacas”, afirmou. “A decisão de vetar foi necessária e foi tomada de forma responsável. O presidente defenderá a segurança económica dos polacos.”

O economista polaco Krzysztof Piech elogiou a decisão do presidente de vetar a lei criptográfica, afirmando que era “uma lei muito má” que “violava a Constituição polaca e era contrária à regulamentação da UE que deveria implementar na Polónia”.

Piech também refutou as alegações de que a Polónia se tornará um “paraíso” para criminosos e fraudadores, que “serão gratos” ao presidente Nawrocki por “um mercado criptográfico sem supervisão estatal”.

O economista afirmou que a versão governamental do projeto de lei “não previa qualquer assistência às vítimas de fraudadores”, acrescentando que, “a partir de 1 de julho de 2026, todo o mercado polaco será regulamentado e supervisionado — mesmo sem qualquer legislação. Afinal, estamos na UE”.

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Fontebitcoinist

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