Resumo da notícia

  • Tokenização ganha força com Go.Bank, AmFi e duplicata escritural da Núclea.

  • Exchanges e fintechs ampliam transparência e soluções corporativas com MEXC, OKTO, Boost e Lumx.

  • Blockchain avança no consumo e na infraestrutura com Iron Studios, COZ e integração Wormhole–Monad.

Entre os destaques das notícias da semana está o Go.Bank que estreou no mercado de ativos tokenizados com a oferta do GoPag Unitoken #1, estruturado pela AmFi, que esgotou em poucas horas e confirmou a demanda crescente por crédito tokenizado para PMEs. Na mesma direção,

Núclea e Mercado de Recebíveis avançam na digitalização do crédito ao firmar uma parceria para escalar a duplicata escritural, que pode destravar até R$ 10 trilhões em garantias a partir de 2026. Enquanto isso, a OKTO ampliou sua aliança com a S8 Capital para oferecer um hub financeiro integrado, com soluções de tesouraria, câmbio, crédito e liquidação via stablecoins para empresas de e-commerce em toda a América Latina.

A MEXC anunciou auditorias mensais independentes de suas reservas pela Hacken, reforçando o padrão de transparência exigido pelo setor global. Já a Boost Research revelou crescimento acelerado em 2025, quase triplicando sua base de clientes e expandindo operações no Brasil e Portugal, enquanto prepara novos produtos e forte entrada institucional em 2026. No mercado geek, a Iron Studios chamou atenção ao adotar a tecnologia da COZ para autenticar colecionáveis ​​por meio do padrão NFI e do cartão Vault Key, levando blockchain ao grande público sem exigência de carteiras ou conhecimento técnico.

No campo da infraestrutura blockchain global, o Wormhole integrou oficialmente a mainnet da Monad, uma rede de alta performance capaz de 10.000 TPS, eliminando a necessidade de tokens encapsulados e ampliando a liquidez para aplicações DeFi. E, para empresas que operam pagamentos internacionais, a Lumx lançou um novo Dashboard corporativo que unifica governança, liquidez, carteiras, FX e transações em tempo real, tornando a blockchain “invisível” na operação.

Go.Bank e AmFi

O Go.Bank estreou no mercado de ativos digitais com o lançamento do GoPag Unitoken #1, criado em parceria com a AmFi. O token, último lido em operações reais de crédito para pequenas e médias empresas, teve coleta esgotada em poucas horas, impulsionado pela rentabilidade prevista de 20% ao ano.

A operação foi estruturada a partir de Notas Comerciais emitidas por PMEs, agrupadas em Certificados de Recebíveis e convertidas em tokens pela AmFi. Essa arquitetura permitiu que investidores acessassem frações de crédito privado com rastreabilidade total por blockchain, enquanto as empresas obtiveram capital de maneira mais rápida e econômica. O processo integrado de emissão, distribuição e liquidação dentro da plataforma da AmFi.

Segundo executivos das duas instituições, esse modelo reduz custos, amplia o acesso ao crédito e impulsiona a descentralização do mercado de capitais. A AmFi estima que as tokenizações podem cortar em até 38% os custos de emissão de ativos. A demanda crescente e o avanço regulatório da CVM indicam que operações semelhantes ganharão escala nos próximos anos.

Núclea e Mercado de Recebíveis

A Núclea e o Mercado de Recebíveis anunciaram uma parceria para acelerar a adoção da duplicata escritural, infraestrutura que entra em vigor em 2026 e deve conectar 1,5 milhão de emissores e mais de 18 mil grandes pagadores. A digitalização do título promete tornar a antecipação de recebimentos mais transparente, rastreável e eficiente para empresas de todos os portes.

Com o acordo, os clientes do MDR passam a ter acesso direto à escrituradora da Núclea, participante dos Testes Homologatórios aprovados pelo Banco Central. A integração simplifica a jornada desde a remessa até o uso da duplicata como garantia, permitindo processos mais rápidos, automatizados e seguros. A expectativa é de desbloquear mais de R$ 10 trilhões em crédito usando o novo sistema.

As duas empresas afirmam que a parceria cria condições para limites maiores, custos menores e mais segurança nas operações. A duplicata escritural se consolida, assim, como um instrumento inteligente baseado em dados padronizados e registros confiáveis. A iniciativa nasce dentro do Núclea Partner Program, que incentiva tecnologias estratégicas e o desenvolvimento de novas soluções para o ecossistema financeiro.

OKTO e S8 Capital

A OKTO anunciou o fortalecimento de sua parceria com a gestora S8 Capital para oferecer um pacote integrado de pagamentos, tesouraria e serviços financeiros financeiros a empresas de e-commerce de alto volume. A estratégia busca transformar o grupo em um parceiro financeiro completo para companhias que atuam em setores complexos e em rápido crescimento, combinando infraestrutura regulada de pagamentos com assessoria financeira especializada.

Com o acordo, os clientes passam a acessar, em um único ecossistema, operações do dia a dia e ferramentas mais sofisticadas, como investimentos, crédito, câmbio, hedge e estruturas otimizadas para impostos. Para o mercado de tokenização, que já supera US$ 1 bilhão, o grupo oferece recursos específicos para operações com stablecoins e tokens, incluindo uma infraestrutura de liquidação baseada em stablecoins que promete reduzir prazos e custos em pagamentos internacionais, em conformidade com as regras do Banco Central brasileiro.

A solução unificada funciona como um hub de tesouraria, permitindo que equipes financeiras gerenciem caixa, liquidez, risco cambial e crédito junto às operações de pagamento, com menos intermediários e maior visibilidade operacional. A novidade já está disponível no Brasil e será expandida para Colômbia, México, Chile e Argentina, com o objetivo de consolidar o grupo como parceiro estratégico para empresas que desejam crescer na América Latina com uma abordagem integrada de finanças e pagamentos.

MEXC terá auditórios mensais

A MEXC anunciou a expansão da parceria com a Hacken, que passa a auditar mensalmente as reservas da exchange. A medida transforma a colaboração de segurança já existente em um processo regular de seleção independente, utilizando metodologia de Prova de Reservas para garantir transparência total sobre os ativos dos usuários.

As reservas da MEXC seguem com índice superior a 100%, e a seleção pode ser prejudicada pelos usuários via Merkle Tree na página dedicada. Cada relatório mensal vai comparar os saldos da plataforma com os depósitos dos clientes nas principais criptomoedas, criando um histórico auditável e contínuo que reforça a solidez financeira da empresa.

A Hacken, parceira de instituições como Comissão Europeia, MetaMask e Ethereum Foundation, já havia auditado o aplicativo móvel do MEXC em 2025. A ampliação para auditorias mensais responde à ausência de padrões consistentes no setor e fortalece o compromisso de troca com transparência, governança técnica e segurança institucional.

Boost Research base quase triplica de clientes

A Boost Research encerra 2025 em forte expansão e saltou de 816 clientes para mais de 2.116 atendidos, além de administrar cerca de R$ 200 milhões em ativos digitais sob custódia.

A companhia estruturou novos produtos, reforçou o relacionamento com clientes e ampliou presença no Brasil e em Portugal. Entre os destaques estão linhas de renda passiva, programas de airdrops, eventos presenciais e uma experiência aprimorada de atendimento. Com ticket médio de R$ 15 mil, a Boost foca em clientes sofisticados que buscam profundidade técnica e estratégia disciplinada.

Para 2026, a empresa mira expansão institucional, NPS acima de 70, rotatividade mensal abaixo de 5% e alcance de até 60 milhões de brasileiros que conhecem Bitcoin, mas ainda não investem. A estratégia combina evolução do portfólio, parcerias com o mercado tradicional e produtos como renda passiva, portfólios temáticos e mentoria. A meta, segundo o CEO André Franco, é consolidar a Boost como ponte entre finanças tradicionais e o universo Web3.

Iron Studios adota blockchain da COZ

A Iron Studios anunciou uma parceria com a COZ para lançar um sistema de certificação digital baseado em blockchain que autentica cada colecionável físico com um registro imutável. A estreia acontece na CCXP 2025 e marca um avanço prático no uso da tecnologia dentro do mercado geek. A solução utiliza o padrão NFI (Item Não Fungível), conectando figuras de ação a certificados digitais acessados ​​por um cartão de aproximação chamado Vault Key.

O processo foi desenvolvido para ser simples e acessível a qualquer comprador: basta encostar o smartphone no cartão mesmo na peça para verificar descobertas e associar a propriedade ao seu nome, sem necessidade de carteira ou interação direta com tokens. O modelo responde a um problema crescente no setor.

Para a COZ, que atua há anos simplificando a Web3 dentro do blockchain Neo, a entrada no universo da cultura pop representa expansão estratégica. A empresa defende que a tecnologia opere de forma invisível ao consumidor, reforçando a confiança sem alterar a experiência tradicional do colecionador.

Lumx lança novo Dashboard

A Lumx apresentou um novo Dashboard para empresas que operam pagamentos globais e stablecoins, com foco em experiência de uso, governança e liquidez em um único ambiente. Uma solução foi desenvolvida após meses de feedbacks de clientes que apontavam a dificuldade de visualizar fluxos e operações, mesmo registrando a força da infraestrutura por trás do sistema.

No novo painel, tempos de produto, operações, engenharia, risco e compliance passam a olhar para a mesma interface, com saldos, transações, wallets, FX, clientes, taxas e compliance reunidos em tempo real. O Dashboard permite criar e verificar clientes rapidamente, provisionar carteiras multi-chain e multi-moeda automaticamente, cadastrar contas bancárias com trilhos como PIX, SWIFT, ACH e SEPA, além de acompanhar transações com status detalhados e comprovantes on-chain.

A plataforma ainda integra recursos de conversão com taxa flutuante ou travada, monetização via taxas de parceiros, compliance nativo e um ambiente sandbox para testes antes do “go live”. Segundo a Lumx, o objetivo é tornar o blockchain invisível para o usuário corporativo, oferecendo uma camada operacional que conecta empresas ao sistema financeiro global com eficiência, redução de custos e padrões de governança próximos aos bancos.

Wormhole integra rede principal da Monad

A Wormhole anunciou a integração de sua infraestrutura à mainnet da Monad, blockchain de camada 1 compatível com EVM que promete até 10.000 transações por segundo e taxas abaixo de um centavo. A partir de agora, o Wormhole passa a alimentar a Monad Native Bridge, permitindo transferências seguras e escaláveis ​​de ativos e dados entre a Monad e a Ethereum.

A integração adota o padrão NTT (Native Token Transfers) da Wormhole e o General Message Passing da Axelar, reduzindo a dependência de tokens encapsulados e preservando a liquidez entre diferentes aplicações DeFi. Protocolos como Mayan e Pyth passam a se beneficiar de uma infraestrutura que mantém ativos nativos utilizáveis ​​em múltiplos ecossistemas, enquanto o Wormhole Settlement, NTT, Connect e Messaging ampliam as possibilidades para operações institucionais e aplicações multichain avançadas.

Com especificamente em cerca de 800 ms, alta capacidade de processamento e compatibilidade com o EVM, o Monad foi projetado do zero para enfrentar o chamado “trilema” do blockchain: escalabilidade, segurança e descentralização. A parceria permite que desenvolvedores explorem a performance da Monad sem abrir mão da conexão com o capital DeFi já previsto em outras redes, criando uma base mais robusta para governança, automatizações cross-chain e novas estratégias DeFi.

Fontecointelegraph

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