Resumo da notícia
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O Bitcoin caiu brevemente abaixo do valor Metcalfe, sinal que historicamente antecede fortes recuperações.
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Retornos médios de 132% em 12 meses ocorreram em 96% dos casos semelhantes.
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Detentores de longo prazo acumularam 50.000 BTC, reduzindo a pressão do vendedor no mercado.
Após recuperar mais de 30% e sair de US$ 126 mil até tocar o suporte de US$ 80 mil, o Bitcoin atingiu um ponto decisivo que, segundo analistas, costuma anteceder fortes recuperações de preço.
O movimento recente, marcado por uma breve queda abaixo do valor de Metcalfe, reacendeu debates sobre ciclos, alavancagem e a maturidade da rede. E, agora, muitos especialistas destacam que esse comportamento aponta historicamente para uma alta média de 132% em doze meses, com resultados positivos em 96% dos casos avaliados.
O economista de redes Timothy Peterson explicou que o BTC caiu abaixo do seu valor Metcalfe pela primeira vez em quase dois anos. E, embora o indicador não aponte exatamente um fundo, ele mostra que a maior parte da alavancagem saiu do mercado. Esse comportamento ajuda a revelar que a estrutura especulativa perdeu força após semanas de forte pressão.
Uma métrica de Metcalfe estima o valor de uma rede com base em usuários e atividade. Assim, o indicador funciona como uma tarifa para identificar quando o preço se afasta do seu valor fundamental. Portanto, quando o Bitcoin cai abaixo desse nível, surgem sinais claros de que a fase mais severa da Correção pode estar perto do fim.
A última quebra coincidiu com uma queda de cerca de 36%, que levou o BTC até a região dos US$ 80 mil. O movimento eliminou excessos no mercado e abriu espaço para uma recuperação mais orgânica. Logo depois, o preço voltou a superar os US$ 90 mil (patamar atual), enquanto os compradores retomaram posições e a rede mostrou maior estabilidade.
Durante o ciclo de baixa de 2022, o Bitcoin passou o período inteiro abaixo do valor Metcalfe. A atividade impediu e o sentimento despencou, e isso manteve o preço distante de sinais de retomada. Porém, desde o início de 2023, o BTC sustentou níveis acima do indicador, apoiado por maior participação, novos fluxos e uma rede mais robusta. A queda recente representou a primeira ruptura relevante dessa tendência.
Segundo Peterson, períodos como esse sempre chamam atenção. As análises mostram retornos positivos em quase todos os episódios registrados, e o ganho médio de 132% em doze meses reforça a força histórica do padrão. Assim, o Bitcoin volta ao radar de investidores que busca sinais de assimetria e pontos de entrada.
Detentores de longo prazo
Outro fator relevante aparece na dinâmica dos detentores de longo prazo. Nos últimos dez dias, a oferta dos LTHs cresceu 50.000 BTC, indicando uma mudança clara de comportamento. Esses investidores investiram suas moedas por mais de 155 dias e, recentemente, deixaram de vender para voltar a acumular.
Essa mudança reduz a pressão do vendedor. E, à medida que mais moedas migram das mãos de especuladores para carteiras de longo prazo, a rede ganha mais estabilidade. Portanto, esse movimento adiciona um componente positivo ao cenário atual, especialmente porque ocorre após semanas de volatilidade.
O Bitcoin segue negociado próximo de US$ 91.654, e analistas destacam que a combinação entre a queda abaixo do valor Metcalfe e a volta dos acumuladores cria um ambiente historicamente favorável. Com essas variáveis homologadas, o mercado acompanha de perto os próximos passos da criptomoeda, que mais uma vez testa sua força nos ciclos de curto e médio prazo.
5 criptomoedas para comprar em dezembro
O analista Marcelo Person, Crypto Treasury & Markets Director da Foxbit, também acredita em uma recuperação no preço do Bitcoin em dezembro e indica a criptomoeda como uma das principais escolhas para os traders no mês.
Segundo ele, com os ETFs consolidados, o crescimento dos serviços de custódia profissional e o domínio em alta, o Bitcoin continua sendo o principal impulsionador e veículo institucional de exposição ao crédito do mercado.
Analistas (Citi e Standard Chartered) projetam que o ativo pode atingir a faixa dos US$ 135.000 ainda em 2025, caso supere a resistência crítica entre US$ 90.000 e US$ 100.000. A narrativa de “reserva digital” permanece sólida, com empresas e fundos ampliando exposição em BTC como forma de proteção e posicionamento estratégico de longo prazo.
Na lista de Person, o movimento do Bitcoin também pode gerar altcoins e, nessa linha, ele destaca que o ETH segue com fundamentos sólidos para o curto e médio prazo. Como os ETFs spot ganham relevância e a adoção crescente por parte de empresas que utilizam a rede para emissão de stablecoins, RWAs e automação de contratos, o Ethereum entra em dezembro com viés de recuperação de preço.
A redução de ETH na circulação nas exchanges e o aumento do staking continuam diminuindo a pressão compradora. Além disso, a rede deve encerrar o ano com picos de atividade on-chain, refletindo maior uso em produtos reais.
O analista também afirma que o OP continua sendo um dos principais pilares de escalabilidade entre a Camada 2 do Ethereum. A tese do OP Stack como infraestrutura de múltiplas redes (como Base, Zora, World Chain e BNB Chain L2) ganhou força ao longo do segundo semestre e deve ser consolidada agora em dezembro.
Com mais redes lançadas sobre essa base e novos incentivos para desenvolvedores, o ecossistema pode registrar um aumento significativo de atividade, trazendo mais visibilidade e utilidade para o token OP.
A lista de Person também conta com a Arbitrum, que, segundo ele, encerra o ano liderando o ranking de TVL entre todas as L2s do Ethereum. Após a distribuição de mais de US$ 50 milhões em doações pela fundação, os resultados práticos deverão começar a aparecer a partir de dezembro, com o lançamento de novos protocolos e campanhas de adoção.
Com foco em desempenho e custos baixos, a rede Arbitrum pode atrair fluxos de capital de usuários que buscam alternativas escaláveis e maduras à rede principal do Ethereum.
Fechando a lista ele indica a TON que vem consolidando sua presença como uma das blockchains mais externas ao uso real. Integrada diretamente ao Telegram, a rede oferece recursos como pagamentos nativos, miniapps, staking e transferências P2P, tudo acessível através de uma interface familiar para bilhões de usuários.
Em dezembro, com o aumento natural do tráfego digital e do consumo de conteúdo nas redes sociais, o ecossistema TON tende a se beneficiar diretamente. O ativo aparece como uma das principais apostas de crescimento fora do “mundo cripto tradicional”.
Fontecointelegraph




