Hacker. Fonte: Pete Linforth/Pixabay.

Um novo malware distribuído pelo WhatsApp visa roubar fundos e criptomoedas de brasileiros. Os alvos dos hackers são 15 bancos tradicionais, 3 serviços de pagamento, 17 corretoras de criptomoedas e 12 carteiras de criptomoedas.

Pesquisadores da SpiderLabs apelidaram o malware de “Eternidade” e afirmam que ameaças semelhantes estão rodando desde janeiro deste ano.

Recentemente, um Kaspersky fez um alerta sobre o malware Mavericktambém distribuído pelo WhatsApp e com foco em vítimas brasileiras. Este trojan monitora os acessos da vítima para 26 bancos brasileiros, bem como 6 corretoras de criptomoedas e 1 plataforma de pagamento.

🛡️Aprenda a proteger seus bitcoins sem depender de terceiros. 👉 Treinamento de auto custódia.

🟠Receba consultoria em Bitcoin com os maiores especialistas do mercado.

Empresa de segurança dá detalhes sobre novo malware com foco no Brasil

As investigações revelam que o malware Eternidade possui um modelo de mensagens baseado na localização atual. Como exemplo, se uma mensagem enviada antes do meio-dia, então será um “bom dia”, seguido do nome do contato.

Hackers enviam mensagens pré-programadas para as vítimas com base no horário local. Fonte: SpiderLabs/Reprodução.

O código acima também mostra o envio de uma segunda mensagem escrita “Segue o arquivo solicitado. Qualquer dúvida estou à disposição!” junto a um arquivo.

Outro detalhe é que o malware verifica o idioma do sistema operacional. Caso não fique em português do Brasil, sua execução será abortada.

🔔 Entre em nosso grupo no WhatsApp e fique atualizado.

Caso a vítima abra o arquivo infectado, os golpistas iniciarão uma coleta de dados no dispositivo.

“O ladrão procura especificamente por aplicativos associados a bancos brasileiros, serviços de pagamento e carteiras/corretoras de criptomoedas para coletar credenciais.”

  • Bancos:
    Santander
    Banco do Brasil
    Banrisul
    Tribanco
    Bradesco
    Sicredi
    Sicoob
    BMG
    BTG Pactual
    BS2
    Itaú
    Caixa Econômica Federal (CEF)
    Banco Mercantil
    Banco do Nordeste (BNB)
    Banco da Amazônia
  • Serviços de pagamento:
    Mercado Pago
    RecargaPay
    Listra
  • Corretoras de criptomoedas:
    Binância
    OKX
    Cripto.com
    Base de moedas
    Foxbit
    Novadax
    Bitget
    Bybit
    Coinext
    Kucoin
    Kraken
    Carimbo de bits
    Bitfinex
    Poloniex
    Huobi
    Portão.io
    Gêmeos
  • Carteiras de criptomoedas:
    Eletro
    Êxodo
    Carteira Atômica
    MetaMask
    Razão ao vivo
    Carteira Confiável
    Blockchain.com
    Coinomi
    Carteira Fantasma
    Solflare
    TokenPocket
    Carteira Matemática

“Ele verifica continuamente janelas ativas e processos em execução em busca de strings associadas a portais bancários brasileiros, serviços de fintech e plataformas de criptomoedas.”

“Quando detecta uma correspondência, por exemplo, um título de janela ou nome de processo ligado ao Bradesco, BTG Pactual, Binance, Coinbase, MetaMask, Trust Wallet ou outra marca financeira, o malware imediatamente descriptografa e ativa sua carga útil na próxima etapa”explicam os pesquisadores. “Esse comportamento reflete uma tática clássica de “banker” ou “overlay-stealer”, em que componentes maliciosos permanecem inativos até que a vítima abra um aplicativo bancário ou carteira-alvo, garantindo que o ataque seja acionado apenas em contextos relevantes e invisível para usuários comuns ou ambientes de sandbox.”

Pesquisadores detalham o funcionamento do malware Eternidade que faz vítimas no Brasil através do WhatsApp para roubar dados de contas de banco, corretoras e carteiras de criptomoedas.

Caso encontre alguma correspondência, o malware então ativa um segundo servidor.

Segundo os pesquisadores, eles usam credenciais codificadas para fazer login em sua conta de e-mail para obter contato com tal servidor, dificultando detecções e dificultando seu abate.

Outra funcionalidade do trojan é o roubo dos contatos do WhatsApp. Outros dados coletados são nome do computador, versão do sistema operacional, IPs públicos e locais, dados e hora atual, dentre outros.

Além disso, os pesquisadores destacam que uma ameaça também faz buscas para saber qual anti-vírus está sendo utilizado para então tomar decisões futuras.

O malware também cria campos falsos para roubar senhas

Após uma análise, os pesquisadores também notaram que o malware Eternidade altera sites. Com isso, as senhas digitalizadas são enviadas diretamente para seus servidores.

“O malware também implementa overlays bancários ocultos direcionados à CAIXA Econômica Federal e ao Banco do Brasil. Isso faz com que a vítima insira informações bancárias no overlay, em vez da interface legítima, essas informações são exfiltradas para o servidor C2.”

Os hackers possuem diversas ferramentas para roubo de dados. Fonte: SpiderLabs/Reprodução.

Como conclusão, os pesquisadores do SpiderLabs se mostram preocupados com o uso do WhatsApp como vetor de distribuição, bem como pelo desenvolvimento contínuo do malware.

Fonteslivecoins

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *