Desenvolvedor acredita que Bitcoin possui um exército de advogados no campo de direito financeiro, mas não em outras áreas.

Nick Szabocriador do ‘bit gold’, acredita que o Bitcoin e outras criptomoedas enfrentam um grande risco jurídico à medida que expandem seus casos de uso além das negociações.

Em tuítes publicados neste domingo (16), o cypherpunk conversou com o brasileiro João Paulo Mayall, fundador do primeiro ETF de Bitcoin do Brasil, sobre o tema.

Nick Szabo fala sobre riscos jurídicos do Bitcoin

Nick Szabo voltou às redes sociais em setembro após um hiato de quatro anos para debater sobre a atualização mais recente do Bitcoin Core. Ao contrário da maioria dos especialistas, o desenvolvedor saiu em defesa do Bitcoin Knots.

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Já neste domingo (16), Szabo continuou expondo seus pensamentos sobre o tema. Sua visão é que essas atualizações abrem caminho para processos legais.

“O anarcocapitalismo é um ideal maravilhosamente abstrato que pode inspirar a inovação”iniciou Szabo. “Mas as criptomoedas do mundo real não são trustless (que não dependem de confiança), elas são trust-minimized (minimizadoras de confiança).”

Seu ponto é que cada criptomoeda possui uma “superfície de ataque legal” que podem ser usados ​​por governos ou entidades privadas para interromper suas operações.

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No caso do Bitcoin, Szabo defende que “Os tipos de ataques que provêm da lei financeira têm, em grande parte, se mostrados administrativos” devido ao modelo mais descentralizado do Bitcoin, bem como pela sua defesa feita por diversos especialistas em direito financeiro.

No entanto, isso muda quando o Bitcoin é usado para outros fins, como armazenamento de dados arbitrários, principalmente pela falta de especialização jurídica nesta área por seus defensores.

“Achar que o Bitcoin, ou qualquer outra criptomoeda ou protocolo de blockchain, é um canivete suíço anarcocapitalista mágico que pode resistir a qualquer tipo de ataque governamental em qualquer área legal é insanidade.”

Participando do debate aberto, o brasileiro João Paulo Mayall fez uma comparação entre o Bitcoin e o cristianismo.

“Quando Constantino encerrou a perseguição e legalizou o Cristianismo, a adoção estava em cerca de 10%, um ponto de virada que desencadeou um rápido crescimento para aproximadamente 50%”disse Mayall. “A adoção global das criptomoedas hoje é de 7–8%, chegando a 15,5% nos EUA.”

“Isso não sugere que, a partir desse patamar, os reguladores passem a ter cada vez mais incentivos para permitir em vez de obstruir?”

Em resposta, Szabo mencionou que existem “entidades concorrentes”, cada qual com objetivos para apoiar ou barrar as criptomoedas.

Nick Szabo e JP Mayall falando sobre o futuro jurídico do Bitcoin e outras criptomoedas. Fonte: X.

Brasileiro fala sobre erros de tradução em livros de economia

Em outro tuíte, também publicado neste domingo (16), João Paulo Mayall também mencionado para problemas na tradução de conteúdos literários sobre economia, mais especificamente da Escola Austríaca.

No exemplo, Mayall revela que o texto original escrito em inglês continha somente 26 palavras, mas a tradução contém mais que o dobro disso.

“A tradução, porém, expande para 62 palavras, introduzindo termos inexistentes como “reserva de valor”, descontextualizando completamente o conceito e induzindo a erros fundamentais.”

— Quantos outros exemplos desse tipo existem nos livros austríacos em tupi?
— Quantos se dizem especialistas em Escola Austríaca sem entender suas ideias fundamentais?
— Esse descaso com a fidelidade textual compromete a interpretação apreciada da teoria monetária austríaca?
— Qual impacto desse estrago no Brasil? Nano? Traço? Monero?

JP Mayall fala sobre erros de tradução em livros sobre economia e questiona as consequências dessas leituras. Fonte: X.

Fonteslivecoins

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