Após um fim de semana de estabilidade e leve recuperação, quando o Bitcoinchegou a US$ 96,4 mil, a segunda-feira (17) começou com a criptomoeda voltando para a casa de US$ 95 mil. Nas últimas 24 horas, o BTC tem alta de 0,2% e é negociado a US$ 95.707. Em reais, a criptomoeda está cotada a R$ 509.288, de acordo com dados do Portal do Bitcoin.
Entre as maiores criptomoedas do mercado, após uma madrugada de outono, a manhã é de movimento misto. Ó Ethereum (ETH) sobe 1,2%, assim como a Solana (SOL) e o XRP. A maior desvalorização do dia é do Near Protocol (NEAR), que desvaloriza 6,6%.
Segundo analistas da QCP Capital, a quebra do preço do Bitcoin abaixo da média móvel de 50 semanas e o fechamento semanal abaixo de US$ 100 mil pela primeira vez desde 4 de maio consolidaram um tom mais cauteloso nos mercados de ativos digitais.
“Em um espaço em que a narrativa frequentemente impulsionou o preço, as conversas sobre o fim do ciclo de quatro anos só reforçaram o sentimento baixista predominantemente”, afirma no relatório.
No cenário macro, o fim do shutdown do governo dos Estados Unidos leva agora à retomada da divulgação de dados econômicos atrasados, o que reforça o clima de cautela do mercado, como já demonstrado não só pelas criptomoedas, mas também pelos índices acionários nos EUA e o índice do medo, VIX, ficando acima de 20.
Para esta semana o relatório de investimentos de setembro, previsto para quinta-feira, será acompanhado de perto, especialmente porque os números de inflação de outubro e parte dos dados de novembro ainda não são claros. “Os mercados devem se preparar para um período volátil enquanto os participantes absorvem essas divulgações”, diz o QCP, lembrando que estes são os primeiros indicadores atrasados e provavelmente ainda não serão suficientes para dar uma visão real da situação dos EUA.
Ao site The Block, analistas destacaram que o grande impulsionador do mercado é a liquidez. “A liquidez está (e continuará) temporariamente restrita, já que a paralisação do governo dos EUA manteve a conta geral do Tesouro em níveis elevados”, disse Derek Lim, líder de pesquisa da Caladan.
Lim diz que espera que esses obstáculos sejam revertidos em breve, na medida em que os gastos do governo sejam retomados e os pagamentos atrasados sejam processados, injetando liquidez novamente no sistema. O analista também destacou que o pacote de estímulo de 17 trilhões de yenes (US$ 110 bilhões) do Japão, atualmente em análise, pode contribuir ainda mais para a liquidez global no futuro.
Sobre os preços, André Franco, CEO da Boost Research, avalia que a faixa provável de oscilação do Bitcoin está entre US$ 92.000 e US$ 99.000, com possibilidade de reembolso para os suportes próximos de US$ 90.000–92.000 caso os resultados da Nvidia esta semana decepcionem ou surjam novos elementos de risco macro. “Um rompimento acima de US$ 99.000 exigia acendimento de apetite por risco ou alívio inesperado nas expectativas de juros”, afirma.
Já a QCP afirma que a quebra da mídia móvel de 50 semanas reforça uma visão baixista de médio prazo, embora a confirmação de uma reversão de tendência de longo prazo ainda dependa de uma possível quebra dos suportes em US$ 88 mil e US$ 74,5 mil. “Por agora, o ciclo de alta das criptomoedas está em equilíbrio. Um repique de curto prazo pode ocorrer, mas o caminho de menor resistência continua sendo para baixo”, concluem os analistas.
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Fonteportaldobitcoin



