A queda do Bitcoin que começou ontem e segue nesta sexta-feira (14) derrubou a criptomoeda para a faixa dos US$ 95 mil, seu nível mais baixo desde maio. O movimento reacendeu a discussão no mercado: trata-se apenas de uma correção momentânea ou do início do bear market, que representa a fase em que os ativos perdem valor de forma intensa e prolongada?
Apesar da queda, o sentimento ainda é majoritariamente otimista entre grandes instituições. Analistas do JP Morgan reafirmaram nesta semana a projeção de que o Bitcoin pode alcançar US$ 170 mil nos próximos 6 a 12 meses.
Eles também destacam que a região de US$ 94 mil tendem a funcionar como um forte nível de suportesustentado pelo aumento dos custos de produção da criptomoeda — um fator que, segundo o banco, limita quedas mais profundas.
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O que diz a CryptoQuant sobre o risco de bear market
Ki Young Ju, fundador e CEO da plataforma de análises on-chain CryptoQuant, acredita que A queda atual ainda não caracteriza o início de um bear market.
“Quem entrou no mercado de Bitcoin entre 6 e 12 meses atrás tem um preço médio de compra próximo a US$ 94.000. Pessoalmente, não acredito que o bear market esteja confirmado a menos que percamos esse nível. Prefiro esperar do que tirar conclusões precipitadas”, escreveu ele nesta manhã.
A métrica executiva também apresentou um gráfico destacando uma métrica chamada Realized Cap, que, segundo ele, é crucial para diferenciar quedas técnicas de mudanças reais de ciclo. Diferente do valor de mercado tradicional — que multiplica o preço atual do Bitcoin pela oferta circulante — o Realized Cap calcula o valor da rede com base no preço por qual cada unidade de BTC foi movimentada pela última vez.
Em outras palavras, ele mede o “capital realmente investido” no ativo ao longo do tempo. Para Ju, o fato desse indicador subindo continua mesmo durante a Correção mostra que há entrada líquida de dinheiro no ecossistema, algo que historicamente não combina com o início de um ciclo de baixa prolongada.
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O que é o Realized Cap
O Realized Cap funciona como uma espécie de “valor de compra acumulada” do Bitcoin. Ao considerar apenas o preço atual, que pode oscilar de forma brusca, a métrica analisa por quanto cada BTC foi adquirido na última vez em que mudou de mãos. Assim, ela permite estimar quanto dinheiro de fato entrou na rede.
Quando esse número está subindo, significa que os investidores continuam comprando Bitcoin a preços mais altos, diminuindo a entrada de capital novo. Em períodos de bear market, porém, ocorre o oposto: o Cap Realizado estagna ou recua, sinalizando saída de recursos e desvalorização estrutural.
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Fonteportaldobitcoin



