<em>Fonte: </em><a data-ct-non-breakable="null" href="https://x.com/faryarshirzad/status/1983608576737251531" rel="https://x.com/faryarshirzad/status/1983608576737251531" target="https://x.com/faryarshirzad/status/1983608576737251531" title="https://x.com/faryarshirzad/status/1983608576737251531"><em>Faryar Shirzad</em></a>

As preocupações de que as stablecoins prejudicam os bancos norte-americanos ao canibalizar depósitos bancários são equivocadas e não compartilham os usos reais desses tokens, segundo pesquisadores da Coinbase.

“A narrativa de que ‘as stablecoins vão destruir o crédito bancário’ ignora a realidade”, disse Faryar Shirzad, chefe de políticas da Coinbase, em publicação no X nesta quarta-feira.

“A maior parte da demanda por stablecoins vem de fora dos EUA, expandindo a dominância do dólar globalmente, e não competindo com o seu banco local.”

Shirzad apresentou um relatório de mercado afirmando que os argumentos sobre o impacto das stablecoins nos depósitos e empréstimos bancários “ecoam preocupações familiares de inovações anteriores, como os fundos do mercado de investimentos, mas falham em considerar como e onde as stablecoins são realmente usadas.”

Grupos bancários dos EUA argumentaram que stablecoins que ofereceram rendimento poderiam competir com contas bancárias e provocar saídas de depósitos, e pediram ao Congresso para fechar brechas regulatórias em serviços que oferecem retorno sobre stablecoins.

A demanda por stablecoins é global, não centrada nos EUA

A Coinbase destacou em seu relatório que a maior parte da demanda por stablecoins vem de “usuários internacionais buscando exposição ao dólar”, e não de consumidores norte-americanos.

Os mercados emergentes utilizam stablecoins lastreadas em dólar para se protegerem contra a desvalorização de moedas locais, e os tokens funcionam como “uma forma prática de acesso ao dólar” para pessoas sem acesso ao sistema bancário tradicional.

O relatório acrescentou que cerca de dois terços das transferências de stablecoins ocorreram em plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) ou blockchains.

“Nesse sentido, elas são uma infraestrutura transacional de uma nova camada financeira que opera paralelamente, mas amplamente fora do sistema bancário doméstico”, afirmou a Coinbase.

“Tratar as stablecoins como uma ameaça é interpretada mal o momento: elas fortalecem o papel global do dólar e liberam vantagens competitivas que os EUA não deveriam restringir”, completou Shirzad.

Fonte: Faryar Shirzad

Bancos comunitários não vão colapsar, diz Coinbase

A Coinbase também argumentou que o temor de que os bancos comunitários seriam duramente afetados pela adoção de stablecoins é infundado, explicando que o usuário típico de stablecoin “não é o mesmo que o cliente típico de um banco comunitário”.

“Os bancos comunitários e os detentores de stablecoins quase não se sobrepõem”, afirmou Shirzad, acrescentando que os bancos “poderiam aprimorar seus serviços com stablecoins.”

A Coinbase também afirmou que a previsão de que trilhões de dólares fluirão para stablecoins na próxima década “devem ser descobertas com cautela”.

“Mesmo que a circulação global de stablecoins atingisse US$ 5 trilhões, a maior parte desse valor ainda estaria em posse estrangeira ou bloqueada em sistemas de liquidação digital, não desviada de contas correntes ou poupanças nos EUA”, disse a empresa.