A proposta de uma reserva nacional de Bitcoin na Alemanha entrou em debate após ser apresentada pela Alternativa para a Alemanha (AfD), uma das principais forças parlamentares do país.
A proposta alemã pode consolidar uma tendência em alta: governos pelo continente começam a tratar ações digitais como instrumentos legítimos de política financeira.
Essa iniciativa surge um pouco depois de um plano semelhante na França para criar um tesouro nacional de Bitcoin, o que indica mudança de postura em relação às criptomoedas na Europa.
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Impacto potencial e desafios de uma reserva em Bitcoin
Um movimento da AfD propõe que a Alemanha compre bitcoin como parte de suas reservas estratégicas nacionais, ao lado de ouro e moedas estrangeiras. O partido afirma que, por ser um ativo não soberano, isto é, fora do controle de Estados ou bancos centrais, o BTC oferece uma forma de fortalecer a independência financeira do país.
O documento cita exemplos internacionais, como El Salvador e algumas instituições financeiras dos EUA, que já mantêm reservas em BTC ou em fundos atrelados à moeda. Segundo a AfD, a Alemanha não deve “ficar para trás” diante dessa tendência global.
Se aprovado, a Alemanha seria a primeira grande economia europeia a incluir bitcoin no tesouro nacional, o que enviaria sinal claro ao restante da União Europeia.
A adoção de uma reserva de bitcoin pode marcar mudança na estratégia financeira alemã. Analistas apontam que a medida que elevaria o status institucional do BTC poderá abrir espaço para políticas públicas de investimento baseadas em ativos digitais.
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Também pode estimular a inovação em serviços de custódia e regulação de criptomoedas no bloco europeu.
“Com nosso movimento, instamos o governo federal a considerar o bitcoin como tecnologia estratégica do futuro, a criar reservas estatais de bitcoin, a viabilizar projetos-piloto para pagamentos com bitcoin no setor público e a pôr fim à discriminação tributária contra criptoativos. A Alemanha precisa, enfim, liderou a inovação nessa área, não ser um controlador de Estado”, disse a AfD no X.
No entanto, a proposta também está sob críticas. Especialistas alertam para a alta volatilidade do preço do bitcoin, que pode introduzir riscos às contas públicas. Além disso, gerenciar e resguardar grandes volumes de criptomoedas exigia sistemas de segurança avançados e protocolos de governança robustos.
No campo político, a AfD precisará de consenso no Bundestag para avançar com o movimento. Outras siglas mostram ceticismo, pois defendem que o Estado não deve se expor à volatilidade do mercado de criptomoedas.
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Próximos passos no parlamento alemão
A proposta será debatida nas próximas semanas. O Ministério da Fazenda terá de avaliar os aspectos técnicos e jurídicos da iniciativa: como guardar bitcoin com segurança, como contabilizá-lo nas contas nacionais e como compatibilizar o tema com as regras financeiras da União Europeia.
Se o movimento ganhar apoio, programas-piloto poderão ser lançados, cujas pequenas frações das reservas nacionais serão alocadas em bitcoin. O teste serviria para avaliar as previsões do modelo antes de uma adoção mais ampla.
Há mais de um ano, a Alemanha vendeu 50 mil BTC, liquidando totalmente sua reserva por US$ 3,13 bilhões.
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No momento desta reportagem, o preço do BTC quase dobrou, e uma venda semelhante hoje teria gerado mais de US$ 5,64 bilhões. Segundo Arkham, o governo alemão detém apenas US$ 801 em BTC.
Independentemente do estágio legislativo, a proposta alemã reforça o papel do bitcoin como ativo estratégico global e confirma que a Europa começa a tratar com seriedade seu potencial na economia digital.
Em resumo
O partido AfD propõe que a Alemanha mantenha parte das reservas nacionais em bitcoin como proteção contra a inflação e para diversificar ativos. Se aprovado, a Alemanha se tornará a primeira grande economia europeia a institucionalizar o bitcoin em sua política financeira.
Fontebeincrypto




