brasil-debate-bitcoinCâmara discute incluir Bitcoin nas reservas internacionais do Brasil. Fonte: Câmara dos Deputados

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Um estudo inédito realizado por PwC Brasil em parceria com a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) revela um cenário de maturidade e otimismo no setor de criptomoedas no país. O relatório, divulgado esta semana, aponta que 80% das empresas do segmento compartilham como criptomoedas uma tecnologia de maior impacto em seus negócios. Enquanto isso, 97% liberam benefícios claros na utilização desses ativos digitais.

Dois terços das empresas do setor já têm criptomoedas como negócio principal. Fonte: PwC

Os dados chegam em um momento crucial para o mercado brasileiro de criptoativos, semanas após o O Banco Central publica o marco regulatório que estabelece novas regras para o funcionamento do setor. As resoluções BCB nºs 519, 520 e 521, que entram em vigor em fevereiro de 2026, criam um ambiente regulado para operações com ativos virtuais.

Maturidade técnica e expansão do mercado

De acordo com a pesquisa, que escolheram empresas de diversos portes e estágios de maturidade, 73% das organizações possuem conhecimento técnico avançado sobre criptomoedascom soluções já inovadoras ou em desenvolvimento. Apenas 3% das empresas interessadas não têm familiaridade com o temaconsolida a consolidação do setor além da fase experimental.

O diretor de Educação e Pesquisa da ABcripto, Fábio Cassio Costa Moraes, ressaltou que “a criptoeconomia é muito mais do que criptomoedas ou blockchain. É um novo olhar para os negócios, sob uma perspectiva descentralizada, inclusiva e democrática”.

Tokenização emerge como nova fronteira

Além das criptomoedas, o estudo destaca a tokenização como vetor estratégico para os próximos anos. A tecnologia, que permite a representação digital de ativos reais, é considerada uma oportunidade por 73% das empresas entrevistadas. Cerca de 30% das organizações planejam oferecer tokens de ativos reais no futuro próximo, diminui uma diversificação nos modelos de negócio do setor.

A pesquisa revela que a regulação é vista simultaneamente como o principal risco e a maior oportunidade para o setor. Um total de 90% das empresas citou o aspecto regulatório como sua principal preocupação, refletindo a ansiedade do mercado em relação às novas regras.

As recentes resoluções do Banco Central estabelecem três pilares fundamentais: a autorização para o funcionamento das empresas através das Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (SPSAVs), as regras para a prestação de serviços com exigência de segurança cibernética e segregação patrimonial, e a inserção dos ativos virtuais no mercado de câmbio.

Adaptação às novas regras

O estudo mostra que 40% das empresas já iniciaram seus processos de adaptação às novas regulamentações, enquanto 23% declaram estar prontas para as mudanças. As áreas mais exigidas nesse processo são compliance, tributário, controles internos e cibersegurança.

Para Bernardo Srur, CEO da ABcripto, “as resoluções do Banco Central representam um passo decisivo para a modernização e institucionalização do setor criptográfico no Brasil. É o resultado de um diálogo técnico e construtivo entre o regulador e o mercado”.

Perspectivas de crescimento

Apesar dos desafios regulatórios, o otimismo prevalece no setor. Uma pesquisa revela que 57% das empresas projetam crescimento entre 1% e 50% no próximo período, enquanto 23% esperam uma expansão de 51% a 100%. A maioria (60%) acredita que a consolidação das criptomoedas no mercado brasileiro ocorrerá entre dois e cinco anosos.

A sócia de Digital Assurance & Transparency da PwC Brasil, Ana Gonçalves, destacou que “o regulador brasileiro tem capacidade técnica e governança. A questão não é se conseguirá regular, mas como as critérios se aplicarão na prática”.

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