Resumo da notícia
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63% dos brasileiros pretendem continuar comprando Bitcoin, segundo a Bitget.
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O Brasil se destaca entre os mercados mais otimistas da América Latina.
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Ethereum e Solana aparecem como principais alternativas para diversificação.
A paixão dos brasileiros pelo Bitcoin está longe de esfriar mesmo com a recente queda do mercado. Um novo relatório da Bitget mostrou que 63% dos investidores do país planejam continuar comprando BTC nos próximos meses, mesmo após o recente período de volatilidade do mercado.
O levantamento levantado, Relatório de Confiança do Mercado de Criptomoedas e Tendências de Investimento em BTCfoi encerrado entre 25 de agosto e 5 de setembro de 2025, com 3.047 investidores distribuídos por várias regiões do mundo, incluindo Europa, Ásia e América Latina.
O estudo analisou os interesses de alocação de capital, as expectativas de preço do Bitcoin e o nível de confiança em outros criptoativos.
No caso do Brasil, os dados revelam que a confiança se manteve firme mesmo diante de um cenário macroeconômico incerto, marcado por juros ainda elevados e uma economia global em transição.
Para os investidores locais, o Bitcoin segue sendo a principal reserva de valor, funcionando tanto como proteção contra a inflação quanto como instrumento de diversificação financeira.
Bitcoin na América Latina
Em termos regionais, o relatório aponta que a América Latina desponta como uma das regiões mais otimistas do mundo. Enquanto parte da Europa e da Ásia desenvolve uma postura mais cautelosa, os países emergentes mostram apetite por risco e expansão. Além do Brasil, nações como Nigéria (84%), China (73%) e Índia (72%) lideram o ranking global de intenção de aumento de alocações em criptoativos.
A pesquisa ainda destacou que 49% dos investidores esperam que o Bitcoin atinja valores entre US$ 150 mil e US$ 200 mil durante o próximo ciclo de alta. Um grupo menor, porém mais experiente, acredita em patamares ainda mais ousados — 7% projetam o BTC acima de US$ 250 mil. Essa expectativa reforça a visão de longo prazo dos chamados “titulares”, que enxergam nas quedas uma oportunidade de compra.
No Brasil, essa mentalidade de acumulação tem se consolidado entre diferentes perfis. Traders experientes demonstram disposição em ampliar posições, enquanto novos preferem estratégias mais conservadoras, como a poupança em stablecoins ou a alocação fracionada em Bitcoin e Ethereum. A Bitget interpreta esse equilíbrio como um sinal de amadurecimento do investidor latino-americano, que passou a enxergar o mercado com menos euforia e mais estratégia.
Ethereum e Solana
Além do Bitcoin, o estudo acordado que Ethereum e Solana seguem como as principais escolhas de diversificação. Cerca de 67% dos entrevistados afirmaram ter exposição ao ETH, enquanto 55% indicaram interesse pela SOL, buscando retorno estável e maior segurança em ecossistemas consolidados.
Apesar das diferenças entre perfis e regiões, o consenso é claro: a confiança nas criptomoedas permanece resiliente. Globalmente, 66% dos participantes do levantamento afirmaram que pretendem aumentar suas alocações até o final de 2025. Apenas uma pequena minoria — menos de 10% — apresentou a intenção de reduzir a exposição, o que mostra um sentimento positivo mesmo após as fortes correções recentes.
Segundo a Bitget, os mercados emergentes estão se tornando o motor da próxima fase de adoção da criptografia. Isso ocorre porque os investidores nesses países operam os ativos digitais não apenas para especular, mas também como ferramenta de inclusão financeira, proteção cambial e reserva de valor alternativa.
O relatório ainda evidencia uma tendência global de consolidação de portfólios. Cerca de metade dos participantes afirmaram que pretendem continuar operando ativamente, enquanto 43% planejam adotar estratégias de longo prazo, o que indica uma transição do perfil especulativo para uma visão mais patrimonial.
Fontecointelegraph