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O mercado de criptomoedas entra em 2026 sob uma dinâmica diferente da que marcou os ciclos anteriores. Com o impacto do halving do Bitcoin cada vez menor, fatores como liquidez global, política monetária e adoção institucional passam a exercer influência central sobre o comportamento dos preços, inaugurando um ciclo menos volátil e mais conectado ao ambiente macroeconômico.

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Fim do ciclo clássico do halving

Um dos movimentos estruturais mais relevantes observados recentemente foi o enfraquecimento do modelo tradicional de ciclos de quatro anos do Bitcoin, historicamente associado a eventos de halving. Com a emissão anual da moeda agora abaixo de 1%, a redução periódica da oferta deixada de gerar choques relevantes capazes de, sozinha, definir os ciclos de mercado.

Na prática, o preço do BTC passou a responder menos à escassez programada e mais à dinâmica da demanda, aos fluxos de capital e às condições financeiras globais. Essa transição marca a integração definitiva do ativo para um ecossistema financeiro mais amplo, no qual variáveis ​​macroeconômicas exercem peso crescente.

Essa mudança ficou clara ao longo de 2025. Mesmo com os modelos de encerramento do ciclo, o Bitcoin evitou correções profundas como as vistas em períodos anteriores. Fluxos recorrentes vindos de ETFs, empresas e entidades ligadas aos governos absorveram volumes muito superiores à oferta mineral anual. Como resultado, a volatilidade lenta e as recuperações se tornaram mais rápidas, enquanto as correções passaram a ser mais rasas desde 2024.

Liquidez e adoção institucional ganham protagonismo

Para 2026, a liquidez tende a se consolidar como o principal motor de desempenho do Bitcoin. A forte emissão de títulos do Tesouro ao longo de 2025, combinada com o prolongamento do acordo quantitativo e estímulos fiscais concentrados no curto prazo, estendeu o ciclo global de créditos. À medida que esse ritmo desacelera e o acordo financeiro perde intensidade entre o final de 2025 e o início de 2026, o ambiente tende a se tornar mais lucrativo para ativos de risco.

Paralelamente, a adoção institucional segue avançando. Os ETPs de criptoativos se consolidaram como a principal porta de entrada para investidores institucionais, à medida que as barreiras regulatórias diminuíram e o interesse soberano cresceu. Esse movimento contribui para a maturidade do mercado, favorecendo ciclos mais longos, com menor volatilidade relativa e maior sensibilidade ao cenário macroeconômico.

No campo macroeconômico, o Bitcoin também reforçou sua narrativa como ativo de proteção. Déficits fiscais persistentes, juros em trajetória de queda em um ambiente de inflação ainda acima das metas e o aumento dos riscos associados à dívida soberana reacenderam em busca de hedge. Em 2025, o ouro liderou esse movimento, e a expectativa é que o BTC acompanhe essa tendência com alguma defasagem em 2026.

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Macro nos EUA define o ritmo do próximo ciclo

A economia dos Estados Unidos entra em 2026 após um período prolongado de ajuste pós-choque inflacionário da pandemia. Em 2025, o crescimento desacelerou sem entrar em recessão, enquanto a inflação perdeu força de forma gradual. O mercado de trabalho mostrou sinais consistentes de enfraquecimento, com desaceleração nas contratações, menor crescimento salarial e avanço da taxa de desemprego para a faixa intermediária de 4%.

Para 2026, a expectativa é de um mercado de trabalho ainda fraco, porém relativamente estável, já que o consumo não desacelera de forma mais acentuada. A política monetária reflete esse equilíbrio. Depois de manter os juros gerados durante grande parte de 2025, o Federal Reserve iniciou cortes no segundo semestre e cerrou a redução do balanço, passando a realizar operações técnicas para estabilizar o mercado.

Embora as propostas oficiais indiquem um ritmo limitado de cortes adicionais em 2026, o enfraquecimento do mercado de trabalho e a desaceleração inflacionária podem aumentar a pressão por uma flexibilização maior ao longo do ano. Os mercados financeiros, em grande parte, já precificaram essa transição. Em 2025, as bolsas americanas atingiram máximas históricas, enquanto os rendimentos dos Tesouros recuperaram, especialmente nos vencimentos mais curtos.

Um novo ciclo menos dependente da escassez

Apesar de um cenário macro relativamente construtivo, os riscos seguem no radar. Tarifas elevadas em termos históricos iniciam a pressão sobre cadeias globais, margens corporativas e inflação, adicionando incertezas ao crescimento global em 2026.

Ainda assim, com a virada do ano, o Bitcoin entra em um ambiente marcado por maior liquidez, política econômica menos restritiva e avanço institucional. Nesse contexto, o mercado passa a olhar menos para eventos pontuais de oferta e mais para a dinâmica global de capital como principal determinante do próximo ciclo de preços, consolidando a transição do BTC para um ativo mais maduro e integrado ao sistema financeiro.

Créditos: análise baseada em relatório da Bitfinex.

Fontebeincrypto

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